A obra de arquitetura tem uma própria materialidade e uma formalidade,
mas ao mesmo tempo é um objeto cifrado, substancialmente hermético.
Texto e desenhos são as suas grandes escrituras intelectuais. Mas são
os desenhos que modificam a obra. Desenhos que podem ser aqueles que precedem
a obra, aqueles do projeto, mas podem ser também aqueles que o seguem
e que o comentam, e podem ser os desenhos do autor mas também os desenhos
no tempo longínquos.
Em nossas pesquisas nos debruçamos sobre o desenho. Os desenhos são
como rastros que servem para romper aquele hermetismo. Na obra em si há
uma consistência e um próprio e absoluto encerramento: os desenhos
servem a decompor aquela consistência transformando-a em fragmentos.
É como se o desenho abrisse no objeto feixes e espirais de luz.
Se na arquitetura cada lado expressivo, cada aspecto de sua figura é
ligado coordenadamente ao outro, nos parece licito para a análise crítica
de uma obra, assumir um desses aspectos, um desses fragmentos, por vezes abstraindo
os outros, como índice da própria obra e conseqüentemente
sobre esse conduzir reflexões válidas para a inteira realidade
arquitetônica.
Os
trabalhos desenvolvidos pelo Grupo partem dessas premissas para enfocar determinados
arquitetos ou períodos, procurando nos mecanismos de maturação
de suas proposições, o desenvolvimento de determinadas concepções
de espaço, "retirando" e re-interpretando seu processo de
ideação.
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