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Histórico

O Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (PPGAU-IAU) tem um percurso e potencialidades bastante particulares, que se manifestam em sua contribuição decisiva para o aprofundamento da pesquisa, do ensino, da formação e da capacitação tanto no campo da teoria e história da arquitetura e do urbanismo quanto no campo das relações entre tecnologia, arquitetura e urbanismo.

Sua criação expressa um contexto particular marcado pelo papel e perfil da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), criada em 1953. Nas quase duas décadas até a criação do Programa, vinculado ao então Departamento de Estruturas e Arquitetura, a EESC consolidou um perfil de docente fortemente vocacionado para a pesquisa. Como exemplo desse pioneirismo ressalta-se que João Filgueiras Lima, o Lelé, tomou contato com as primeiras pesquisas em argamassa armada junto a esse Departamento.

Em 1971, sob a liderança do Arquiteto e Urbanista Paulo de Camargo e Almeida, criou-se o Curso de Mestrado em Arquitetura na EESC. Originalmente, o Curso estava direcionado para pesquisas em industrialização da construção, aportando reflexões para a redução das carências habitacionais e massificação de produção de equipamentos públicos, centrais no debate nacional e latino-americano do período.

A partir de 1985, com a implantação do Curso de Arquitetura e Urbanismo (CAU), em nível de graduação, delineou-se uma reestruturação conceitual do então denominado Departamento de Arquitetura e Planejamento. Com a contratação de um número significativo de jovens docentes, a maioria arquitetos e urbanistas, lançaram-se as bases para uma reformulação em profundidade do PPGAU-IAU, o que viria a ocorrer em meados da década seguinte. A construção do CAU foi acompanhada pelo empenho dos docentes em sua capacitação e por um esforço de aprimoramento institucional, cujos resultados incidiram decisivamente sobre o Mestrado e sobre as atividades de pesquisa.

Até 1989, quando se completou o quadro para a graduação, havia dobrado o número de docentes, com formação multidisciplinar em distintas especializações: arquitetura e urbanismo, engenharia, filosofia e ciências sociais. A titulação dos novos docentes criou as condições para incorporar os novos campos de pesquisa emergentes e para reorganizar aqueles dominantes, no período anterior. Estas mudanças foram determinantes para configurar um Programa mais atualizado, em relação ao campo da arquitetura e urbanismo, em diálogo com as engenharias. O Mestrado reorganizou-se em torno de uma área de concentração: ‘Tecnologia do Ambiente Construído’.

Em 1993, período de nova inflexão, o PPPGAU-IAU estruturou-se em duas áreas: ‘Arquitetura e Tecnologia’ e ‘Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo’. Esta nova estrutura permitiu consolidar um campo preciso de ensino e pesquisa em nível de Pós-Graduação, com um conjunto de linhas de pesquisa que passaram a refletir tanto as pesquisas desenvolvidas individualmente pelos docentes e por grupos de docentes, mas também incorporando pesquisas desenvolvidas por discentes, em um momento de fortalecimento de atividades coletivas. Entre 1993 e 1994 surgiram os primeiros grupos de pesquisa: o Grupo de Pesquisa em Habitação e Sustentabilidade – HABIS (1993), no momento com o nome GHab; o Grupo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo no Brasil – ARQBRAS (1994); o Grupo de Pesquisa em Habitação e Urbanismo – ARQURB (1994); e o Grupo de Pesquisa Arquitetura, Tecnologia e Materiais – ARQTEMA (1994) (ver detalhamento dos grupos no tópico: outras informações).

Em 2003, a maturidade alcançada pelo Programa, já então referência nacional, viabilizou a criação do Curso de Doutorado. Com a implantação do Doutorado foram reestruturadas as linhas de pesquisa e alterada a denominação do programa para Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU), passando a ter como áreas de concentração ‘Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo’ e ‘Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia’. Neste período foram criados novos grupos de pesquisa, bem como núcleos e laboratórios de estudos, ampliando as oportunidades de estudos e pesquisas. Ao longo dos anos 2000 foram criados: o Grupo de Pesquisa em História da Cidade, Arquitetura e Paisagem – URBIS (2003), o Núcleo de Estudos das Espacialidades Contemporâneas – NEC (2006), o Núcleo de Estudos de Habitares Interativos – Nomads (2000); e o Laboratório de estudos do ambiente urbano contemporâneo – LEAUC (2009) (ver detalhamento dos grupos no tópico: outras informações).

Em 2010, o Departamento conquista sua autonomia com a criação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), reconhecimento da maturidade das atividades de ensino, pesquisa, cultura e extensão, desenvolvidas desde o início da década de 1970. Ao longo dos anos 2010 e 2020 criaram-se novos grupos de pesquisa, ampliando as oportunidades de estudos e pesquisas: o Núcleo de Estudos de Linguagem em Arquitetura e Cidade – NELAC (2011); o Grupo de Estudos Fundiários, Políticas Públicas e Produção do Espaço e da Paisagem – YBY (2016); o Grupo Trópicus (2019), o Grupo de Práticas de Pesquisa, Ensino e Extensão em Urbanismo – PExURB (2019); o Grupo Música/Arquitetura – Inter-relações entre a Arte das Musas e a Arte da Construção (2019); bem como o Grupo de Pesquisa Social Activities, Gender, Markets And Mobilities from Bellow, Latin America – SAGEMM (2020) e o Laboratório de Experiências Urbanísticas – LEU – (2020) (ver detalhamento dos grupos no tópico: outras informações).

Em 2020, o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo completou 49 anos de atividades, formando pesquisadores e profissionais qualificados na área de arquitetura e urbanismo, com 616 dissertações e 161 teses concluídas.

No quadriênio 2017-2020, o PPGAU-IAU fortaleceu as diretrizes do quadriênio 2013-2016 e triênio 2010-2012, tendo como perspectivas, reiteradas em discussões coletivas, a formação de docentes, pesquisadores e profissionais em Arquitetura e Urbanismo, o fortalecimento da excelência do conhecimento produzido da pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, bem como a intensificação da reflexão e da crítica, no âmbito teórico, historiográfico e artístico e no âmbito tecnológico e projetual, que acompanham a produção de conhecimento nas duas áreas de concentração que nele se abrigam: ‘Teoria e História de Arquitetura e do Urbanismo’ e ‘Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia’, intensificando suas relações substantivas.

Este breve histórico ilustra a primeira característica importante a salientar do Programa: sua solidez, caracterizada por um constante desenvolvimento, que se manifesta em sua estruturação e definição de sua identidade e perfil, assim como na natureza das atividades delimitadas nas duas áreas de concentração.

Todos os docentes do Programa estão envolvidos em projetos de pesquisa, financiados por agencias de fomento nacional e internacional, e vinculados a grupos/laboratórios/núcleos de pesquisa cadastrada na base de diretório de grupo de pesquisa do CNPq, em sintonia com sua formação, áreas de concentração e linhas de pesquisa. Os docentes são responsáveis por ministrar as disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo, bem como responsáveis por disciplinas em outros cursos de unidades no Campus de São Carlos, particularmente em Cursos da Escola de Engenharia de São Carlos – Engenharia da Computação e Eletrônica e Automação, Engenharia Mecatrônica, Engenharia Aeronáutica, Engenharia de Produção, Engenharia da Computação, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil -, mas também no Curso de Graduação de Química do Instituto de Química, configurando um histórico importante de dedicação ao ensino de graduação e pós-graduação.

Esta breve constatação elucida a segunda característica importante a destacar do Programa: um grupo docente conciso, de formações diversificadas e de reconhecimento em suas pesquisas e produções. Esta combinação de fatores propicia uma oportunidade para o trabalho transdisicplinar e efetiva interação entre docentes, discentes, projetos e disciplinas nas duas áreas de concentração.

Ao longo dos anos de existência do Programa surgiram diversos grupos de pesquisa, sendo os primeiros formados entre 1993 e 1994: Grupo de Pesquisa em Habitação e Sustentabilidade – HABIS (1993), no momento com o nome GHab e o Grupo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo no Brasil – ARQBRAS (1994). Posteriormente na consolidação do Programa junto ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo foram criaram-se: o Grupo de Pesquisa em História da Cidade, Arquitetura e Paisagem – URBIS (2003), o Núcleo de Estudos das Espacialidades Contemporâneas – NEC (2006), o Núcleo de Estudos de Habitares Interativos – Nomads (2000); e o Laboratório de estudos do ambiente urbano contemporâneo – LEAUC (2009). Recentemente, nos anos 2010, ampliando as linhas de pesquisa, foram criados o Núcleo de Estudos de Linguagem em Arquitetura e Cidade – NELAC (2011); o Grupo de Estudos Fundiários, Políticas Públicas e Produção do Espaço e da Paisagem – YBY (2016); os grupos Trópicus (2018), PExURB e Música/Arquitetura (2019). Em 2020 foram criados os Social Activities, Gender, Markets And Mobilities from Bellow – SAGEMM (Latin America) e o Laboratório de Experiências Urbanísticas (LEU) (ver detalhamento dos grupos no tópico – outras informações).

A breve memória da constituição de grupos/laboratórios/núcleos de pesquisa, vinculados ao PPGAU-IAU, explana a terceira característica a iluminar do Programa: um conjunto de grupos de pesquisa, de matizes diversos, focados na pesquisa e extensão, aglutinando todos os decentes e discentes do programa, bem como agregando os alunos de graduação em iniciação científica. As pesquisas, produções, seminários, exposições fortalecem o ambiente acadêmico e favorece a interação entre docentes e discentes.

O Programa tem grande comprometimento com a divulgação científica, para o avanço da ciência. Todos os docentes e discentes têm publicado os resultados de suas pesquisas em revistas científicas, livros, capítulos de livros e em eventos científicos. O reconhecimento das produções científicas é constatado pelas premiações e menções honrosas recebidos em eventos científicos e em premiações das Associações Nacionais de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e em Planejamento Urbano e Regional – ANPARQ e ANPUR, além das premiações de teses de dissertações CAPES e de teses USP. O comprometimento com a divulgação científica também se faz presente por meio de pesquisas científicas colaborativas nacionais e internacionais, estabelecidas pelos docentes com docentes de outros programas nacionais e internacionais, bem como pelo gerenciamento de três revistas científicas de alto impacto: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo – RISCO, Revista de Gestão & Tecnologia de Projeto e Revista V!RUS.

O Programa também tem grande comprometimento no processo de inserção social, por meio de ações empreendidas por docentes e discentes em atividades de assessoria técnica, associações profissionais e associações de pesquisas. Compõe também o escopo de ações de inserção social a promoção de eventos científicos nacionais e internacionais. O Programa tem organizado e promovido de eventos científicos, buscando fortalecer os processos de promoção de diálogos científicos e divulgação científica. São constantes as organizações de eventos científicos nacionais e internacionais realizados no âmbito Programa, bem como na participação da organização de eventos científicos nacionais e internacionais, a exemplo dos Encontros Nacionais das Associações Nacionais de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Planejamento Urbano e Regional – ENANPAR e ANPUR, além dos Encontros Nacionais da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído – ANTAC, dos Seminários Urbanismo e Urbanistas no Brasil, dos Seminários de História da Cidade e do Urbanismo e dos Encontros Internacionais da Sociedade Iberoamericana de Gráfica Digital – SIGraDi. Complementarmente, as constantes ações de incremento da internacionalização, por meio da presença de discentes e docentes do Programa em universidades de excelência e reconhecimento mundial, bem como pela continua recepção de docentes internacionais, além da formação de redes internacionais, por meio de projetos transdisciplinares e de cooperação científica e acadêmica, também contribuem efetivamente no conjunto de ações de uma melhor comunicação e mais efetiva relação com a sociedade.

Estes fatores ressaltam a quarta característica a destacar do Programa: a contribuição à promoção e divulgação científica da área, a internacionalização e inserção social. Esta combinação de fatores estrutura as grandes ações e perspectivas do Programa, caracterizando sua identidade.