Trajetórias na Itália

Lina Bo Bardi, filha de Giovanna Adriana Grazia e Enrico Bo, teve apenas uma irmã mais nova Graziella Bo. Depois de cursar o Liceo Artístico de Roma, Lina se formou como arquiteta. Preocupada com a instabilidade política de Roma e a ascensão do Fascismo, mudou-se para Milão em 1940, onde fundou o estúdio Bo e Pagani com arquiteto Carlo Pagani; também colabora com Gio Ponti na revista “Lo Stile – nella casa e nell’arrendamento” e atua nas revistas Grazia, Belleza, Vetrina e L’illustrazionoe Italiana.

Segundo de quatro irmãos, Pietro Maria Bardi abandonou a escola com o ensino fundamental incompleto e concluiu sua formação na prática e no exercício profissional com jornalística, crítico de arte e galerista. Homem culto, tinha como hábito a leitura.

Ainda rapaz, trabalhou como operário e foi aprendiz num escritório de advocacia. Em 1917 é convocado para integrar o exército italiano, quando iniciou sua carreira jornalística, antes já esboçada em alguns artigos e colaborações a jornais como Gazzetta di Genova e o Indipendente e com a publicação, aos 16 anos, de seu primeiro livro, um ensaio sobre colonialismo. Instalado em Bérgamo desde a baixa na carreira militar, Bardi encontra trabalho no Giornale di Bergamo e em outros periódicos locais. Em 1924, Bardi transfere-se para Milão e casa-se com Gemma Tortarolo, com quem tem duas filhas, Elisa e Fiorella. É em Milão que ele inicia a atividade de marchand e crítico de arte. Em 1929, torna-se diretor da Galleria d’Arte di Roma e muda-se para a capital. Em 1933, faz sua primeira viagem a América do Sul quando leva uma exposição a Buenos Aires e conhece o Brasil. Após a II Guerra Mundial, divorcia-se e casa-se com Lina Bo.