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Paula Marques Braga

Arquiteta e Urbanista formada pela Pontifícia Católica de Campinas (2005). Mestre em Urbanismo pela mesma instituição (2008). Doutora em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo USP, São Carlos (2013). No IAU USP é pesquisadora do grupo de pesquisa LEAUC, Laboratório de Estudos do Ambiente Urbano Contemporâneo e atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado, intitulada “Equidade urbana em territórios do precário: ações socioespaciais participativas em Paraisópolis”. Campo de pesquisa voltado às questões relativas a intervenções urbanas em áreas centrais históricas e seus desdobramentos sobre o território, preservação do patrimônio cultural e aspectos sociais vinculados. Tem experiência em docência e coordenação de curso de Arquitetura e Urbanismo, atualmente coordena o curso de Arquitetura e Urbanismo do UNISAL. Desenvolve pesquisas relacionadas aos temas Paisagem cultural, Preservação do patrimônio, Banalização da paisagem, Intervenções urbanas, Turismo, Dinâmicas urbanas em Áreas Centrais Históricas, considerando suas implicações para a identidade local e a população. 

Pesquisa em andamento

Equidade urbana em territórios do precário: ações socioespaciais participativas em Paraisópolis

O presente projeto aborda problemáticas da cidade contemporânea brasileira com foco em territórios do precário e é um desdobramento do Programa Aprender com a Comunidade. Com o envolvimento de diferentes agentes, entre docentes, alunos e a comunidade de Paraisópolis, o projeto visa aproximar a universidade da população, através de ações colaborativas representadas sobretudo pela realização de oficinas.

A cidade atual é resultado de processos de transformação que carregam seu referencial histórico ao mesmo tempo que submetidas às lógicas contemporâneas de produção da cidade. Nesse sentido, observamos conflitos e fragilidades no processo de formação de territórios, resultado de processos globais e hegemônicos de produção da cidade, levando à precariedade de determinadas áreas e à redução de seu valor público. Sendo assim, ampliar o olhar às formas de ocupação do território, compreendendo seus aspectos sociais espaciais e das relações se estabelecem entre eles, nos coloca diante do questionamento sobre a cidade em que vivemos e a sociedade da qual fazemos parte, entendendo os conflitos possíveis, os diferentes agentes e suas narrativas. O projeto, sob essa perspectiva, se faz junto à comunidade de Paraisópolis, território precário na cidade de São Paulo, a partir da busca pelo estabelecimento de relações teórico-empíricas com as práticas urbanas no cotidiano. Diante de um contexto de processos contemporâneos de produção da cidade, em que sua dinâmica de constante transformação expõe rupturas e encaminham novas relações entre o social, o físico, político, o simbólico, o cultural e o lugar, atreladas ao seu próprio processo de conformação, refletir sobre a cidade contemporânea compreende dimensões que condicionam, modificam e reestruturam a produção, o uso e a apropriação do espaço urbano. Esta proposta consiste na idealização e construção de espaços de debates, de momentos de pausa e reflexão, que possam auxiliar a construir novas perspectivas e inflexões sobre questões urbanas contemporâneas. Para tanto, buscando também interrogar/desestabilizar eventuais certezas e categorias que utilizamos para observar e investigar a cidade (contemporânea), ações que demandam uma revisão de seus instrumentos investigativos e analíticos tradicionais, propomos desenvolver: de forma colaborativa com a comunidade: um conjunto de atividades urbano-ambientais e educacionais que tenham como norte o propósito de mitigar vulnerabilidades sócio territoriais que surgem no âmbito da inequidade urbana.

Palavras-chave: Comunidade. Crise sanitária. Equidade. Espaço Urbano. Paraisópolis. Territórios do precário.

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