2019

A ‘participação’ entre as artes de mídia da década de 1970, a net art e a arte em tempos de redes sociais

Participação de Rafael Goffinet de Almeida no IV Encontro de Pesquisas em História da Arte – EFLCH/UNIFESP. 


Participação no evento como comunicador.

Data: 11-15/11/2019

Local: UNIFESP – Guarulhos.

Resumo:
O texto reúne notas para uma investigação crítica sobre a “participação” entre as promessas inauguradas nos primeiros anos da Internet e seu processo de colonização na chamada web 2.0. Para tanto, explora a mudança de discurso observada entre duas exposições paradigmáticas sobre a arte no contexto das tecnologias digitais, organizadas por ZKM Center for Art and Media entre os anos de 2001 e 2003: a celebração do otimismo com as possibilidades comunicativas dos primeiros anos da Internet, presente em “net_condition”, dá lugar ao pessimismo de “CTRL[SPACE]: Rhetorics of Surveillance from Bentham to Big Brother”. Confrontando alguns dos principais trabalhos reunidos em cada exposição – como os de Dan Graham, expoente da neovanguarda estadunidense dos anos 1970; do coletivo net.art, precursor da primeira geração de net-artistas; e de formações mais recentes, como o Institute for Aplied Autonomy –, lançaremos luz sobre os conflitos existentes entes seus discursos e suas práticas. Ao final, são questionadas as contradições dos novos modelos de organização sociocultural baseados nas tecnologias de comunicação; da formação e a atuação de redes de ativismo; e os atuais limites impostos pela privatização deste novo ambiente tecno-social.

Palavras-chave: Participação; Net Art; Artes de Mídia; Espacialidades contemporâneas; Tecnopolíticas.

De um corpo cartográfico: um ensaio poético-ficcional sobre excesso, deslocamento, velocidade

Participação de Gabriel Teixeira Ramos no XX Encontro Nacional da Abrapso


Participação como comunicador no GT04: A ficção e a poética como território de experimentação clínico-política ético-estética: corpo, imagem e escrita.

Local: PUC-SP, São Paulo

Data: 13 a 16 de novembro de 2019.

Link do site:  https://encontro2019.abrapso.org.br/

Cartografias e movimentos: problemas metodológicos de leitura da cidade contemporânea à luz de “The view from the road”

Participação de Gabriel Teixeira Ramos no II SEPPAS – Seminário de Planejamento, Paisagem Urbana e Sustentabilidade


Participação como comunicador no GT Paisagem Urbana.

Local: Bibilioteca UFG – Campus II (Samambaia), Goiânia

Data: 4 a 6 de novembro de 2019

Link do sitehttps://seppas2019.wixsite.com/seppas2019

Espaço Público em disputa: cartografia das apropriações artísticas em Aracaju

Qualificação de Mestrado de Mariane Cardoso de Santana.

Data: 08.11.2019.
Horário: 14:00h
Local: CPDig 1 – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, USP, São Carlos.

Banca:
David M .Sperling (orientador)
Ruy Sardinha Lopes (IAU.USP)
Natacha Rena (Indisciplinar/EA.UFMG)
Resumo:
A pesquisa tem como objetivo investigar a atuação recente de coletivos artísticos no espaço público urbano de Aracaju, compondo uma cartografia que abarque seus atores, agências, objetos e controvérsias. Adotando como metodologia a Teoria do Ator-Rede, o trabalho incorpora conceitos transdisciplinares, originários dos campos da filosofia, urbanismo, sociologia, geografia e arte. Em consonância com os processos de espacialização e coordenação da informação próprios das cartografias críticas, busca-se compreender a rede na qual as práticas artísticas estão inseridas. O trabalho discute a realidade de Aracaju das últimas décadas, abordando paradigmas críticos que essas práticas inauguram nos processos de disputa no território urbano, ao passo em que se discutem as incongruências no espaço público diante do cenário de avanço neoliberal na produção de cidade.

Palavras-chave: práticas artísticas; espaço público; território; cartografia.

Counter-cartographies: technopolitics for spatialization of information

Apresentação de David Sperling no Technopolitics Evening – Technopolitics Working Group


Data: 05. 09. 2019 – 20:00
Local: Studio Eckermann Nestler, 1030, Neulinggasse 9 – Viena

Apresentação
The capturing, processing and arranging of data in space and time are organized as transversal procedures. They are applied to the purposes of life management and the generation of meaning in complex and often controversial techno-political settings. Parallel to these forms of production and delivery of visual and spatial information, regimes of (in)visibilities are defined and realities thus molded.

 The presentation will have three parts. Firstly, I will discuss topics of mapping and counter-cartography as a way of making visible the complex realities generated by these procedures. Secondly, I will present two counter-cartographic practices we have conducted with architecture students in Brazil; the first example asks what can be drawn from the relationship between the expansion of an airport and the use of slave-like labor; and the second questions how we can understand a city from buildings that (de)territorialize offshore companies. Operating through articulations between spatial and social mapping these projects are focused on making visible the production of the city of São Paulo in connection to the hidden logic of economic and political power. The final part will synthesize some remarks about counter-cartographies as technopolitics tools for architecture teaching and practice.

eCAADe + SIGraDi 2019 Porto

Apresentações no Congresso eCAADe + SIGraDi 2019 Porto

Três trabalhos desenvolvidos com participação de pesquisadores do NEC foram apresentados no Congresso eCAADE SIGraDi 2019 “Architecture in the age of the 4th industrial revolution”, de 11 a 13 de novembro de 2019.

Crossing Timelines. Main research topics in the histories of eCAADe and SIGraDi“, de David Sperling, Simone T. Vizioli, Gabriel Botasso e Mateus Tiberti (do grupo NELAC.IAU.USP), Eduardo Santana (IME.USP) e Brianda Sigolo (IAU.USP)

Evolving stages of digital fabrication in Latin America: outlines of a research and extension project“, de Rodrigo Scheeren, Pablo C. Herrera (UPC – Peru) e David Sperling

Notes on Digital Architectural Design in the Undergraduate Teaching in Brazil“, de Tássia Vasconselos e David Sperling.

 

Espessuras do olhar: percepção, corpo e memória nas grandes cidades

Publicação de Luciano Bernardino da Costa no livro A fotografia como imagem, a imagem como fotografia


Resumo:
O ato de ver se apresenta como uma teia de significados constantemente reatualizados. É corpo, memória, espaço experimentados no ato de percorrer as grandes cidades. No registro fotográfico perpetua- se uma coleção de impressões transitórias, muitas delas como imagens pregnantes, densas em sua materialidade e significado, outras vezes tais imagens se perdem enquanto uma sucessão de encontros fugidios, compondo uma ideia de cidade que nunca se sedimenta. É dessas imagens voláteis que este texto aborda procurando uma aproximação entre a relação fenomênica do ato de percorrer urbano e o outro momento que se apresenta como representação e memória. Um encontro também pensado como inserção em um tempo histórico que qualifica e tensiona a memória visual das cidades. Para esta discussão alguns autores são discutidos: Merleau- Ponty, Didi-Huberman, Walter Benjamin e Paul Virilio.

Palavras-chave: Percepção. Fotografia. Metrópoles contemporâneas.

Link para baixar o pdf ou o ePUB:
https://www.ufrgs.br/imaginalis/editora/fotografiacomoimagem/?fbclid=IwAR34WgCt9nSB_TRPdDCwnPXHu8SS6qa2uuFQIz3JeCKQm6SQHG6k7GVk7IM

Architecture in the Age of the 4th Industrial Revolution

Participação em mesa-redonda no eCAADE + SIGraDi 2019 Porto.


Data: 13 de Setembro de 2019
Local: Porto
Pesquisador do NEC.IAU.USP, David Sperling, participa da mesa-redonda “Architecture in the Age of the 4th Industrial Revolution”, eCAADE + SIGraDi 2019.

Moderador: José Pinto Duarte (Estados Unidos).
Apresentadores: Clara Martins (Inglaterra), David Sperling (Brasil), Liss C. Werner (Alemanha), Nariddh Khean (Austrália), Tomohiro Fukuda (Japão).

 

 

arque-tipos

Participação na 24ª Semana de Arte e Cultura da USP 


Produção artística/cultural.

Autores: Adilson Ferreira Santos Junior, Guilherme Cuoghi Vendramini, Rafael de Oliveira Sampaio, Rafael Goffinet de Almeida, Rodrigo Nogueira Lima.

Resumo:
 A apropriação de objetos do cotidiano atravessou a arte do século XX ampliando o campo de ação de artistas, arquitetos e usuários que recusaram aceitar suas funções na sociedade burocrática de consumo dirigido e seus espaços normatizados pelo urbanismo ideológico. Desde o conceito de readymade, concebido em 1913 por Marcel Duchamp, o qual neutralizou a função original do objeto, passando pelas diversas tentativas de reconciliação entre arte e vida cotidiana formuladas pelas vanguardas heroicas e neovanguardas, os diversos procedimentos de apropriação simbólica e ativação do espaço não deram suas últimas palavras, permanecendo instrumentos de crítica social, política e cultural no século XXI. Propomos nos apropriarmos de objetos arquitetônicos elementares (porta, escada e janela), mediadores das relações com o ambiente construído, para tensionarmos percepções da região central histórica da cidade de São Carlos-SP. O trabalho se organiza em três procedimentos estruturantes: deslocamento do objeto de seu contexto convencional; sua implantação no espaço urbano cotidiano; e representação fotográfica dessa ativação. A inter-relação entre objeto-espaço-representação resume uma tentativa de “provocação urbana”, baseada em deslocamento, dessemantização e estranhamento, capazes de confrontar os usuários com sua própria percepção e experiência cotidianas, revelando aspectos naturalizados pela gestão burocráticas e funcionalista do espaço produzido pela arquitetura e urbanismo.

Data: 20-26/09/2019.

Local: USP – São Carlos

20 x 20

Participação na 24ª Semana de Arte e Cultura da USP 


Produção artística/cultural.

Autores: Adilson Ferreira dos Santos Junior, Rafael de Oliveira Sampaio, Rafael Goffinet de Almeida.

Resumo:
20×20 é tributário das pesquisas de artistas como Robert Smithson, Gordon Matta-Clark e Dan Graham. Expoentes da chamada “neovanguarda”, suas produções inauguraram nas décadas de 1960 e 70 o desafio ainda urgente de observarmos a realidade para além de suas superfícies. Neste caso, o conflito entre o natural e o construído, a ordem e a desordem. 20×20 é um exercício estético. Seu objetivo é o de desenvolver uma compreensão sensível sobre a cidade que habitamos. Percursos desinteressados em um determinado território e recursos da linguagem visual, em especial a fotografia e a montagem, são as atividades que permitiram construir outros olhares sobre paisagens e experiências tidas como comuns ou naturalizadas. 20×20 é ainda uma investigação. Seu interesse é revelar imagens, formas, ocupações e significados escondidos entre os hábitos e regularidades que definem nosso cotidiano na cidade. Percursos, miradas, recortes e aproximações são os processos que evidenciam normas ocultas e situações inusitadas que tem configurado nossa ocupação neste território.

Data: 20-26/09/2019.

Local: USP – São Carlos.

César Bolaño-Construire une EPC brésilienne

Publicação de Ruy Sardinha Lopes no livro Matérialismes, culture & communication, Tome 3, Économie politique de la culture, des médias et de la communication. 


Resumo:
Le projet Matérialismes, culture et communication a pour objectif de mettre en cycle et en concordance des savoirs critiques matérialistes traitant de la culture et de la communication. Ce projet encyclopédique se déploie, à ce jour, sur trois volumes (tome 1 : Marxismes, Théorie et sociologie critiques ; tome 2 : Cultural Studies, théories féministes et décoloniales). Le présent tome rend hommage aux chercheurs inscrivant leurs travaux dans le champ de l’économie politique. La critique des médias et de la communication a longtemps été éludée par les économistes se réclamant du marxisme. Il faut attendre les années 1970 pour que naisse une « économie politique de la communication » digne de ce nom. Pendant longtemps dominé par des contributions nord-américaines ou européennes – et principalement anglo-saxonnes –, ce courant de recherche est souvent décrit, par trop rapidement, comme une approche unifiée du sous-champ interne des études de communication duquel, par ailleurs, bien peu d’ouvrages en français ont proposé l’exégèse. Le présent ouvrage entend à la fois pallier ce manque et ouvrir, par là-même, à la richesse de quelques travaux majeurs se réclamant dudit courant ou de régions épistémologiques proches.

Link: https://www.librairie-gallimard.com/livre/9782356715654-materialismes-culture-et-communication-t-3-economie-politique-de-la-culture-des-medias-et-de-la-communication-fabien-granjon-jacques-guyot-christophe-magis-collectif/#targetDetail

A ‘mudança de contexto’ da participação na Arte e na Arquitetura: perspectivas críticas para a produção do espaço na contemporaneidade

Qualificação de Doutorado de Rafael Goffinet de Almeida

Data: 03/07/2019.
Local: CPDig 1 – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, USP, São Carlos.

Banca:
Fábio Lopes de Souza Santos (orientador)
Natacha Rena (DEA/UFMG)
Cibele Rizek (IAU/USP)

Resumo:
Desde 1960, o termo ‘participação’ tem nomeado uma multiplicidade de discursos e práticas localizadas entre os campos da arte e da arquitetura e urbanismo. Abrangendo desde as tecnologias do planejamento urbano dito ‘inclusivo’ até formas alternativas de produção e de apropriação de edifícios e espaços livres, as espacialidades da participação apresentam em comum o enfoque sobre processos sociais de toda ordem. Longe de configurar um lugar comum de experimentação, estas novas formas de se pensar e produzir o espaço revelam o que a historiadora e crítica de arte Clair Bishop (2006) chamou de “mudança de contexto” da participação: entre sua “emergência crítica” durante as décadas de 1960 e 1970, e um difuso processo de “hegemonização” até os dias atuais, a participação aparece profundamente ligada a processos de transformação de ordem mais ampla. O interesse estético em novas formas de sociabilidade ou a abertura do espaço para o envolvimento de seu público se confundem com terminologias como a do capital social e afetivo, da economia criativa e mesmo da cultura participativa das novas tecnologias de redes digitais. Desta perspectiva, a pesquisa busca investigar as condições de possibilidades para a emergência destes novos discursos e práticas. Através de uma análise histórica e crítica, procura entender a participação como uma estrutura de discurso-prática para o domínio da formação discursiva da racionalidade neoliberal. Esta que produz formas de governamentalidade baseadas no poder sobre a vida (PELBART, 2009) e o ethos do sujeito ativo, competitivo e autorrealizável (DARDOT e LAVAL, 2016). Nestes termos, procuramos construir perspectivas conceituais capazes de evidenciar aspectos centrais que tem caracterizado a produção contemporânea do espaço.

Palavras-chave: Participação; Biopolítica; Neoliberalismo; Espacialidades Contemporâneas; Arte e Arquitetura.

Entre velocidade e lentidão – cartografias do território urbano contemporâneo

Qualificação de Doutorado de Gabriel Teixeira Ramos

Data: 01/07/2019

Banca:

David M .Sperling (orientador)
Prof. Dr. Vladmir Bartalini (FAU-USP)
Prof. Dr.Paulo César Castral (IAU-USP)
Resumo:
Pelo menos desde a década de 1960, as representações produzidas pelo campo do urbanismo no campo das velocidades urbanas têm se limitado ao posicionamento geográfico do observador, desconsiderando, em boa medida, a experiência encarnada dos sujeitos, os atores e agentes estratégico-políticos de formação do território. Isto faz com que sejam reivindicadas a visibilização de distintas formas de produção e apreensão urbanas, que são experimentadas pela disputa entre velocidade (VIRILIO, 1996) e lentidão (SANTOS, 2001), em representações urbanas complexas. Para esta compreensão, em um primeiro momento desta pesquisa de doutorado, engendra-se uma noção de velocidade relacionada a governo (VIRILIO, 1996) e dispositivo (FOUCAULT, 1989; AGAMBEN, 2005), com objetivos de normatizar, determinar, controlar e gerir a vida de maneira efciente, em um governo da velocidade. Somado a isso, aposta-se que, por meio das práticas de cidade (DE CERTEAU, 2013), ocorram rupturas e escapes cotidianos, concebidas enquanto lentidões. Com esta disputa colocada, em um segundo momento, analisam-se representações urbanas que, sob o prisma da velocidade, emergiram entre as décadas de 1960 e 1980, de maneiras e contextos específcos, como pela leitura da morfologia das estradas (“The view from the road”, APPLEYARD, LYNCH & MYER, 1965); da comunicação e simbolismo do corredor comercial (“Learning from Las Vegas”, VENTURI, SCOTT BROWN & IZENOUR, 1972); da inserção de uma perspectiva de velocidade a partir do caminhar (“Townscape”, CULLEN, 1961); e da sistematização tripartite do pensamento em arquitetura, formada por espaço, evento e movimento (“The Manhattan Transcripts”, TSCHUMI, 1981). Em um terceiro momento, realizam-se aproximações ao contexto dos anos 1990 até o presente, quando surgem representações de fora do urbanismo, que incorporam dimensões tecnológicas, participacionais e minoritárias, podendo auxiliar a compreender a leitura da velocidade e lentidão. As escolhidas para este estudo insurgem por meio de um compilado de estratégias de governo e relações de poder (“Un Atlas des Priorités”, BUREAU D’ÉTUDES, 2015); de mapeamentos da precarização das formas de acesso e do direito à cidade (“Manual de Mapeo Colectivo”, RISLER & ARES, 2013); de cartografa de afetos e apreensões sensíveis do cotidiano (“Atlas Ambulante”, MARQUEZ & CANÇADO, org., 2011); e de esquemas do cotidiano com inserção de códigos digitais e tecnológicos (“On Broadway”, GODDEMEYER, STEFANER, BAUR & MANOVICH, 2016). Por fm, em quarto e último momento, apresenta-se este trabalho em confuências a diferenças e especifcidades, experimentações de distintos saberes, apostando-se em análises e proposições relacionadas a uma “estética do mapeamento cognitivo” (JAMESON, 1991), compreendendo-a por meio de uma política do ato de cartografar (SPERLING, 2017). Por meio delas, visa-se tomar um posicionamento cartográfco, tensionando velocidade e lentidão, tornando-as visíveis no território usado (SANTOS, 1994) de “infovias” (onde circulam sujeitos, mercadorias e informações), tendo como objeto empírico a Rodovia Dom Pedro (Campinas/SP), por meio de diferentes apreensões urbanas, numa esquemática trama.
Palavras-chave: Velocidade; Lentidão; Território; Cartografas; Infovias.

Design (em) aberto: uma investigação sobre movimentos colaborativos em design

Defesa de Mestrado de Paula Ramos Pacheco


Data: 05.06.2019

Banca:
David Moreno Sperling (orientador)
Paulo Eduardo Fonseca de Campos
Ruy Sardinha Lopes,
Caio Adorno Vassão

Resumo: 
Partindo da suposição de que o design é uma disciplina em constante transformação e que as últimas décadas têm sido marcadas pelo crescente desenvolvimento de processos de abertura de autoria e produção nos mais variados meios (tecnológicos, científicos e culturais), a pesquisa pretende investigar como a emergência da questão da colaboração interfere na disciplina do design na atualidade. Apesar de hoje a questão da colaboração estar adquirindo força e visibilidade devido a mudanças culturais baseadas nas tecnologias da informação e comunicação, podem ser observadas manifestações que já tratam de formas de colaboração desde as décadas de 1960 e 1970, seja no campo teórico e crítico como no artístico, literário ou do design. O termo e os princípios do Open Design ou design aberto , cunhados recentemente para dar conta de mudanças mais recentes na disciplina, têm sua origem no conceito Open Source, originário da área da informática, sendo ambos impulsionados a partir do incômodo gerado pelo oferecimento de produtos que não permitem modificações para atender a necessidades pessoais, sejam eles softwares ou objetos. Entretanto, embora os movimentos que se classificam como pertencentes ao universo desse design colaborativo tomem como central a característica emancipatória que a atividade estaria trazendo ao usuário, quando assumem as ferramentas de projeto e produção de uma maneira que se pretende acessível, colaborativa e independente da indústria de massa, é perceptível que algumas críticas a respeito do movimento têm se desenhado, baseando-se em certa distância que por vezes tem se estabelecido entre discursos e práticas. O trabalho tem por objetivo identificar frentes colaborativas do design na atualidade e discutí-las criticamente, de forma a aproximá-las para que o movimento de adaptação do design, hoje disperso em linhas variadas, possa ser melhor compreendido como uma totalidade em seu processo de transformação.

Palavras-chave: Colaboração; Design aberto; Faça-você-mesmo; Movimento maker.

PACHECO, Paula Ramos. Design (em) aberto: uma investigação sobre movimentos colaborativos em design. 2019. 190p. Dissertação (mestrado). Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.

Link da dissertação:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-09092019-090406/fr.php5

Otimização de projeto orientado ao desempenho em Arquitetura

Defesa de Mestrado de Dyego da Silva Digiandomenico


Data: 20.05.2019.

Banca:
David Moreno Sperling (orientador)
Daniel Ribeiro Cardoso (UFC)
Juarez Moara Santos Franco (UFRRJ)
Márcio Minto Fabricio (IAU.USP)

Resumo:
O processo de projeto de arquitetura, engenharia e construção (AEC) tem evoluído consideravelmente com a finalidade de responder à complexidade dos sistemas interconectados de um edifício (TOULOUPAKI e THEODOSIOU, 2017). Vêm sendo solicitados à arquitetura contemporânea, processos de projeto capazes de quantificar e qualificar o maior número de variáveis presentes nos sistemas de um edifício, com a intenção de balancear suas dinâmicas e inter-relações (SHI e YANG 2013). A presente pesquisa utiliza o processo de projeto orientado ao desempenho como condutor de sua investigação. Os projetos e pesquisas que exploram o desempenho através da otimização de projetos em AEC são predominantemente internacionais. Além desse aspecto, grande parte dos processos e seus conjuntos de procedimentos não são publicados, especialmente os métodos para gerar os algoritmos utilizados. Muitas destas não detalham, tampouco disponibilizam suas implementações. Tal condição impossibilita conclusões seguras sobre as características das otimizações produzidas, dificulta a reprodução dos métodos e desampara discussões sobre soluções alternativas. Desta maneira, torna-se reduzida a reflexão na arquitetura sobre quais métodos são mais apropriados para a otimização de determinados problemas do projeto arquitetônico (WORTMANN et al., 2015). Neste contexto, a presente pesquisa estrutura-se na metodologia Design Science (SIMON, 1996), dada sua natureza de produção de conhecimento através da abordagem pragmática e interdisciplinar, envolvendo conteúdo da arquitetura e da ciência da computação. Pode-se por fim afirmar que com o apoio da metodologia empregada na presente pesquisa, desde a revisão bibliográfica ao plug-in ArchOptimum desenvolvido nos experimentos realizados, obteve-se resultados que colaboram com a compreensão e abertura dos potenciais da associação entre a arquitetura e a ciência da computação através do design computacional.

Palavras-chave: Design computacional; Otimização; Performance; Projeto algorítmico; Projeto orientado ao desempenho

DIGIANDOMENICO, Dyego da Silva. Otimização de projeto orientado ao desempenho em arquitetura. 2019. Dissertação (Mestrado em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.

Link da Dissertação: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102131/tde-09092019-095255/pt-br.php

Programação para Arquitetura: linguagens visuais e textuais em Projeto Orientado ao Desempenho

Defesa de Mestrado de Gabriele do Rosario Landim


Data: 13.05.2019.

Banca:
David Moreno Sperling (Presidente)
André Luís de Araujo
Maria Gabriela Caffarena Celani
Márcio Minto Fabricio

Resumo:
A pesquisa está inserida no contexto do Design Computacional, área que explora a computação como uma ferramenta de projeto de arquitetura. Para declarar e desenvolver projetos, é comum a utilização de linguagens de programação visual. No entanto, limitações no uso de linguagens visuais são reconhecidas, como as restrições encontradas na flexibilidade e escalabilidade dos códigos. Para estender o acesso à métodos de resolução de problemas nesses sistemas, usuários frequentemente recorrem ao uso de linguagens de programação textual, que permitem a utilização de mais estruturas de controle. Ainda assim, é comum que arquitetos sejam induzidos a realizar mudanças nos processos para acomodar a falta de controle e resultados inesperados de projeto. Isso acontece em parte pela falta de clareza em como utilizar a programação e todo o potencial dos métodos computacionais. Além disso, há uma falta de evidências empíricas usando projetos reais de arquitetura que apoiem discussões sobre o futuro das ferramentas de programação para arquitetos. Esta pesquisa investiga a comparação entre o uso de linguagens de programação visual e textual e visa sugerir diretrizes para melhorar as interfaces de programação utilizadas atualmente na área. Para isso, realizamos análises baseadas em métricas de avaliação de linguagens de programação e nas Dimensões Cognitivas (GREEN; PETRE, 1996). Adicionalmente, exploramos como estudo de aplicação um Projeto Orientado ao Desempenho, o Vancouver Academic Building do escritório americano Perkins+Will. O escritório implementou inicialmente o projeto usando a linguagem visual Grasshopper, com o objetivo de otimizar o design de uma fachada explorando o equilíbrio entre aspectos de iluminância e eficiência energética. Reimplementamos o estudo de aplicação utilizando uma linguagem textual e o ambiente de programação Rosetta (LOPES; LEITÃO, 2011). À medida que procuramos solucionar a lacuna existente na comparação dos fluxos de trabalho entre linguagens visuais e textuais recorrendo a um projeto real, selecionamos este estudo de aplicação porque ele abrange um processo orientado ao desempenho em vez de um projeto apenas paramétrico. Existem diferenças fundamentais encontradas entre estes dois fluxos de trabalho em relação a estratégias de escalabilidade e fluxo de dados, pois o orientado ao desempenho requer mais estruturas de controle como iteração e recursão. Identificamos diferenças relevantes entre ambas as linguagens e o potencial no uso das textuais no aumento significativo da escalabilidade do código e do modelo; aumento da confiabilidade dos resultados de desempenho do projeto e maior controle e clareza do processo utilizado. Apontamos também para as qualidades de interação e expressividade inerente das linguagens visuais. A partir do cruzamento teórico-prático, indicamos diretrizes que compõem em que medida o uso preferencial de linguagens textuais e linguagens híbridas (que integram ambas) podem melhorar a confiabilidade do Projeto Orientado ao Desempenho, assim como a possibilidade de aplicar métodos mais claros e eficazes no desenvolvimento do Projeto Algorítmico.

Palavras-chave: Design Computacional; Performance; Programação; Projeto Algorítmico; Projeto Orientado ao Desempenho

LANDIM, Gabriele do Rosario. Programação para Arquitetura: linguagens visuais e textuais em Projeto Orientado ao Desempenho. 2019. Dissertação (Mestrado em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.

Link da Dissertação: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102131/tde-09092019-100632/pt-br.php

Mulheres no graffiti: perspectivas da prática em contexto metropolitano

Defesa de Mestrado de Ana Luisa Silva Figueiredo


Data: 26.04.2019.

Banca:
Ruy Sardinha Lopes (Presidente)
Aline Coelho Sanches Corato
Ana Gabriela Godinho Lima
Andréia da Silva Moassab

Resumo:
Entende-se graffiti como um fenômeno urbano por excelência. Cena, espaço e sociabilidades, em determinado espaço de tempo configuram certas territorialidades. Por meio de interlocução com quatro grafiteiras traçou-se uma área de estudo que relaciona as cidades de Diadema e Embu das Artes em relação a capital São Paulo dentro de uma cena feminina de graffiti. Com estudos de caso e pesquisa de campo, foram estudadas a vida, processos de trabalho, posicionamento e relações entre quatro grafiteiras e seus trabalhos nesta cena. Ao se identificarem enquanto mulheres negras, foram trabalhadas as questões gênero, raça e classe no âmbito do feminismo interseccional e buscou-se aporte teórico no que dizem as feministas negras, sobretudo as brasileiras. Discute-se também a presença das mulheres nas cenas do graffiti tanto no Brasil como no exterior e, como, por meio dos feminismos elas se relacionam com o fenômeno e membros de diferentes gerações. Atualmente os grupos e redes que se formaram ao longo dos últimos anos estão utilizando o graffiti como ferramenta para discutir questões mais amplas e as mulheres, em processo de empoderamento, se colocam para disputar espaços de poder dentro da cena. Assim, essas mulheres de raças, classes, idades e sexualidades distintas traçaram e continuam a contribuir para a história do graffiti em São Paulo, não somente nas ruas, mas em espaços de educação, debate e decisão.

Palavras-chave: Feminismos; Gênero; Graffiti; Interseccionalidades; São Paulo

FIGUEIREDO, Ana Luísa Silva. Mulheres no graffiti: perspectivas da prática  em contexto metropolitano. 2019. Dissertação (Mestrado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.

Link da Dissertação: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-09092019-092839/pt-br.php

London calling: o papel da cultura e da “criatividade” na gestão de uma cidade-marca

Defesa de Mestrado de Natália P. Fragalle


Data: 22.03.2019.

Banca:
Ruy Sardinha Lopes (orientador)
Pedro Fiori Arantes (EFLCH – UNIFESP)
Fernanda Ester Sanchez Garcia (EAU – UFF)
Cibele Saliba Rizek (IAU – USP)

Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo compreender os processos de construção e gestão de uma cidade-marca e seus vínculos com o conceito de “cidade criativa”, bem como seus consequentes impactos nas políticas urbanas. Para tanto, tomou-se como estudo de caso a cidade de Londres, capital do país pioneiro na adoção do discurso da “criatividade” em suas políticas públicas e tida, na década de 90, como um dos principais centros de poder e controle global no capitalismo contemporâneo. Buscou-se construir um panorama histórico que mostra como Londres veio a ser promovida como uma “cidade criativa”, tendo a cultura no cerne das políticas de desenvolvimento econômico e urbano. Neste sentido, o trabalho procurou analisar o processo de construção, gestão e exportação da “marca Londres”, desenvolvida na virada do século XXI, evidenciando as tensões e aproximações entre as diferentes gestões do governo central britânico e as administrações municipais de Londres. Procurou-se explicitar o quanto tal processo culminou na realização dos Jogos Olímpicos de 2012, utilizados como ferramenta para direcionar recursos e a atenção midiática para o megaprojeto de regeneração do East End da cidade. A partir da análise dos novos arranjos institucionais e das estratégias discursivas adotadas para legitimar a realização de tal projeto, buscou-se, então, compreender qual o rebatimento urbano do processo de branding da cidade, tendo como foco os impactos no East End e mais especificamente na região de Hackney Wick – promovida como o mais novo hub criativo de Londres – exemplificando as tensões entre a “marca Londres” e a “Londres realmente existente”.

Palavras-chave:
Cidade criativa. Cidade-marca. City branding. Urbanismo neoliberal. Londres. Jogos Olímpicos.

FRAGALLE, Natália P. London calling: o papel da cultura e da “criatividade” na gestão de uma cidade-marca. 2019. 284p. Dissertação (mestrado) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.

Link da dissertação: 
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-07062019-095050/pt-br.php