Contato: larastival@usp.br

Lara Stival

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos, no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) e membro do Laboratório de Estudos do Ambiente Urbano Contemporâneo (LEAUC), onde desenvolve a pesquisa intitulada “Verticalização na cidade planejada: transformações do/no espaço urbano e dinâmicas socioespaciais em Goiânia”, na linha de pesquisa de Territórios e Cidades: Transformações, Permanências e Preservação. Integrante da Comissão Organizadora do Ciclo de Cinema e Debate Urbanicidades. Possui pós-graduação lato-sensu no curso Habitação e Cidade pela Escola da Cidade/SP (2021), para o aprofundamento em questões relacionadas a habitação de interesse social e reurbanização de áreas precárias nos diferentes territórios urbanos. Graduada em Arquitetura e Urbanismo, com trabalho final de graduação na área de reutilização de patrimônios industriais de Curitiba e intervenção urbana. Possui experiência profissional nas áreas de projetos arquitetônicos e urbanísticos de diversas escalas e tipologias, além de atuar no acompanhamento de obras de grande porte. Tem interesse em pesquisa acadêmica e no desenvolvimento de habitação interesse social, planejamento urbano e infraestrutura urbana.

Pesquisa em andamento

Verticalização na cidade planejada: transformações do/no espaço urbano e dinâmicas socioespaciais em Goiânia

Resumo: Este projeto de mestrado se propõe a compreender aspectos que permeiam as transformações do/no espaço urbano na cidade contemporânea, por meio da análise de processos de verticalização e seus desdobramentos em algumas quadras e ruas adjacentes aos parques públicos Parque Flamboyant, no setor Jardim Goiás, e Parque Areião, no setor Marista em Goiânia. Tendo como plano de fundo a capital
do estado de Goiás, planejada durante a década de 1930, o trabalho busca dialogar com as nuances inerentes à condição de cidade planejada, mas que se insere enquanto cidade capitalista e que tende a atender os interesses mercadológicos atrelados às lógicas de acumulação flexível e de exacerbação do consumo. Diante desse contexto, observa-se que as formas de produção e transformação do espaço urbano presentes na cidade têm favorecido o avanço de espacialidades privadas como as “novas tipologias e formas de morar”, caracterizadas pelos condomínios residenciais verticais, os quais oferecem ao morador-consumidor espaços de sociabilização exclusivos e homogêneos, ao invés do convívio público da cidade. Adota-se como recorte temporal para análise o período entre os anos de 1990 e 2021, considerando a implantação do Plano de Desenvolvimento Integrado de Goiânia de 1992, o Plano Diretor de 2007 e o Plano Diretor de 2022, recentemente aprovado. Para tanto, a estratégia investigativa se apoia na pesquisa de campo de caráter exploratório nas áreas de estudo que contemplam o setor Jardim Goiás e o setor Marista. Ambos locais passaram por processos de verticalização de condomínios residenciais, ainda que com temporalidades e graus distintos. Ainda são poucos os estudos que relacionam a atual produção vertical em Goiânia e suas implicações em espaços públicos passíveis de apropriação urbana. Compreender como o fenômeno da verticalização interfere em mudanças das práticas socioespaciais do/no espaço urbano, contribui para a demonstração de singularidades que se sobrepõem em um modelo marcado pelas lógicas globais hegemônicas. Ademais, a pesquisa pretende contribuir com os estudos relacionados às transformações e dinâmicas urbanas da região Centro-Oeste, buscando refletir sobre os modos de produção do espaço urbano vigentes.

Palavras-chave: Cidade contemporânea. Goiânia. Processo de verticalização. Espaço público. Práticas socioespaciais.

 

Área de concentração IAU/USP:
Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo
Linha de pesquisa IAU/USP:
Territórios e cidades: transformações, permanências, preservação
Eixo de pesquisa LEAUC:
Conformações espaciais urbanas

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