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Palestra: “Como a Arqueologia pode proteger a Amazônia?”

 A bacia amazônica foi densamente povoada por povos indígenas no passado; a arqueologia mostra como povos da floresta transformaram substancialmente a natureza e aumentaram a agrobiodiversidade ao longo de milênios. Portanto, tanto quanto patrimônio natural, os biomas amazônicos devem ser pensados enquanto patrimônio cultural. Registros preciosos dessas histórias profundas estão armazenados nos sítios arqueológicos, grandes e pequenas estruturas de terra (valas, estradas, geoglifos, aterros), e alterações na floresta observados em padrões ecológicos contemporâneos. Enquanto nos últimos 40 anos a pecuária, exploração madeireira, monocultura e mineração destruíram cerca de 20% da Amazônia, nos
12.000 anos anteriores a região passou por processos cumulativos de práticas de domesticação e manejo advindos de sofisticados conhecimentos indígenas.

Legenda da imagem:
Sol de Campinas do Acre, sítio arqueológico composto por montículos e estrada ocupado na virada do primeiro ao segundo milênio DC. Crédito Deyvesson Gusmão.