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Projeto Político Pedagógico

  1. Apresentação do Curso
  2. Perfil do Aluno
  3. Histórico
  4. Descrição do perfil do profissional egresso
  5. Grade curricular e outros espaços de formação
  6. Curricularização da extensão
  7. Atividades Acadêmicas Complementares
  8. Estágio supervisionado
  9. Trabalho de Graduação Integrado (TGI)
  10. Informações adicionais
  11. Espaços Físicos
  12. Programa de Dupla Formação Civil/EESC-IAU
  13. Duplo Diploma entre o IAU e o Politécnico de Milano

1. Apresentação do curso

O Curso de Arquitetura e Urbanismo (CAU) da Universidade de São Paulo, campus São Carlos, forma profissionais arquitetos e urbanistas que atuam no campo das edificações, do urbanismo e da paisagem e do planejamento, de acordo com a legislação que regula as atribuições profissionais. Não se trata simplesmente de capacitar alunos a responderem a uma situação particular de mercado, mas de formar profissionais para o exercício da profissão em um campo em constante mutação, conscientes de seu papel na sociedade, estabelecendo um ambiente no qual se prioriza a postura propositiva, a pesquisa e a construção de um espaço de reflexão sobre a Arquitetura e o Urbanismo, conforme consta no Projeto Acadêmico do IAU de 2019.

O curso é estruturado a partir da contribuição de quatro áreas de conhecimento: Teoria e História; Projeto; Tecnologia e Representação e Linguagem, que oferecem sequências de disciplinas obrigatórias, complementadas por aquelas oferecidas pela EESC, pelo IFSC e pelo ICMC.

O currículo pleno do CAU-IAU é integralizado em 5 (cinco) anos; o aluno deve cumprir um total de 230 créditos-aula e 82 créditos-trabalho em disciplinas obrigatórias, proporcionalmente distribuídos ao longo dos anos, e 24 créditos-aula em Disciplinas Optativas Livres e Optativas Temáticas. Quarenta e cinco alunos são aceitos anualmente no primeiro ano da graduação; atualmente o IAU é constituído por 36 docentes efetivos e 37 servidores técnico-administrativos. O Instituto é responsável por cerca de 80% da carga letiva do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, contando atualmente com 273 alunos. As demais disciplinas são ministradas por docentes das unidades EESC, IFSC e ICMC.

Além das disciplinas, são oferecidos outros espaços didáticos de formação, tais como Workshops, Atividades de pesquisa em laboratório e/ou acadêmica; Viagens didáticas de campo; Atividades de extensão; Atividades didáticas complementares, as quais, presentes, em diferentes medidas, ao longo de todo o curso, complementam e aprofundam o conteúdo das disciplinas obrigatórias e optativas. Ao final da graduação, no 5º. Ano, temos as disciplinas de Estágio Profissional Supervisionado e o Trabalho de Graduação Interdisciplinar. A coexistência destes tempos e espaços heterogêneos de aprendizagem é necessária para a criação de um ambiente onde as habilidades e competências necessárias para a formação do arquiteto contribuam na construção de uma postura crítica, indissociável da capacidade de reflexão e proposição.

Os docentes das quatro áreas de conhecimento são fortemente comprometidos com o ensino, pesquisa e extensão universitária. O CAU conta com docentes altamente qualificados que pertencem, em sua grande maioria, ao regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP), propiciando grande disponibilidade de atendimento e inserção dos alunos nos programas de iniciação científica e monitoria.

As disciplinas ministradas oferecem o embasamento necessário para que o egresso possa, com competência, atuar em todos os segmentos da Arquitetura e do Urbanismo. Este PPP também levou em conta a legislação brasileira (Lei 5.194/66), segundo a qual a habilitação profissional é única, não existindo modalidades na profissão, e que, independente da instituição onde foram formados, são habilitados a exercer sua profissão em qualquer lugar do Brasil.

O presente documento é fruto do esforço coletivo dos docentes do CAU-USP que, após 34 anos de sua criação, sentiram a necessidade de avaliar e rever o Projeto Político Pedagógico (PPP) vigente de 1996, sintonizando-o a este momento de intensa transformação social, cultural e econômica e preservando os valores que alimentam a defesa da Universidade Pública, Gratuita, Inclusiva e de Qualidade.

2. Perfil do aluno

O curso de Arquitetura e Urbanismo demanda um aluno familiarizado não só com os conceitos básicos de física e matemática, mas também com noções de questões relativas a contemporaneidade e de concepção do espaço. É, portanto, aconselhável que o aluno tenha formação básica mais abrangente, para poder trafegar nas distintas áreas do conhecimento que compõem o perfil de um profissional Arquiteto. Por outro lado, face a proposta didático-pedagógica do curso, o aluno deve ter a consciência que futuramente deverá estar preparado para a complementação de sua formação, podendo se envolver com outras atribuições, além das já conferidas pelo diploma.

Historicamente a relação candidato/vaga é uma das mais altas da USP, mantendo-se entre 28,02 e 34,68 nos últimos seis anos.

Em 2017, o CAU aderiu ao SISU, reservando 30% de suas vagas, metade destinada a estudantes de escolas públicas e metade a PPI (pretos pardos e indígenas). Em 2018, o CAU atinge a cota de 40% de alunos egressos de escolas públicas, devendo atingir 50% em 2020.

2.1. Ações afirmativas e de apoio à permanência estudantil

Atualmente, o CAU conta com 26% de alunos enquadrados nas categorias um e dois do PAPFE de maior vulnerabilidade socioeconômica. O CAU, conjuntamente com o IAU, tomou medidas de várias naturezas visando sua permanência e devido acolhimento (criação da Bolsa de Apoio ao Estudo, da Comissão dos Direitos das Mulheres, Ouvidoria do IAU e do Serviço de Acolhimento Psicossocial do Campus de São Carlos).

3. Histórico

Prevista na Lei 8488 publicada no Diário Oficial de 17/12/1964, a Faculdade de Arquitetura nunca chegou a funcionar junto à Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos. Essa antiga aspiração começaria a tomar forma somente em 1970, atrelada ao recém-criado Departamento de Arquitetura e Planejamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). A primeira proposta para a constituição do Curso de Arquitetura e Urbanismo (CAU) da EESC data de 1975, sendo aprovado pelo Conselho Universitário em 29/12/1975.

Entretanto, por razões internas da Universidade, o curso só foi efetivamente implementado 1985, ano em que se realizou o primeiro vestibular. Começa contando com docentes em sua maioria mestres ou mestrandos e 30 alunos por turma. Sua proposta se inseria no debate arquitetônico, urbanístico e cultural da época. Com cinco anos de duração, estruturava-se em quatro áreas de conhecimento: Tecnologia,  Representação e Linguagem, Teoria e História e Projeto. Além do Departamento de Arquitetura e Planejamento, contribuiam outras unidades do Campus de São Carlos: a  Escola de Engenharia de São Carlos, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação e o Instituto de Física de São Carlos.

Em 1996 o CAU passa por uma reestruturação curricular que, embora não tenha alterado a proposta de concentração na arquitetura das edificações e da cidade (antes que no planejamento ou no desenho industrial, privilegiados em outros cursos), promoveu consideráveis alterações na carga horária didática e na abordagem das quatro áreas de conhecimento. Outra importante mudança foi a ampliação do número de vagas, de 30 para 45 ingressantes por ano, aprovada pelo Conselho de Graduação da USP em 2009, e implementada a partir de 2010. Neste momento, houve a revisão de alguns dos procedimentos metodológicos do Curso, mas não a alteração dos pressupostos e objetivos do projeto didático e político-pedagógico de 1996.

Em 14 de dezembro de 2010  é criado o Instituto de Arquitetura e  Urbanismo  (IAU-USP), por decisão unânime do Conselho Universitário (Resolução Nº 5903, de 23.12.2010, D.O.E. 24.12.2010). Isso representou o reconhecimento das atividades de ensino, pesquisa, cultura e extensão  desenvolvidas pelo antigo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC): 48 anos de atividades na Pós-Graduação e 34 anos de implantação do Curso de Arquitetura e Urbanismo.A partir desta data, o CAU passa a ser de inteira responsabilidade do IAU.

Em 2017, o CAU abriu ao SISU 30% de suas vagas, em 2019, atingiu a cota de 40% de alunos egressos de escolas públicas. Atualmente, como o CAU conta com 32% de seus alunos de em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica, foram tomadas diversas medidas para a viabilização de sua permanência.

3.1 O Processo de Reestruturação do CAU-IAU

Em 2010, com a criação do IAU, a Comissão de Graduação passa a assumir a responsabilidade pelo CAU. Ao final de 2012, começa o “Processo de Renovação do Curso”, que dá origem ao presente Projeto Político Pedagógico. As discussões têm início no ano de 2013, voltando-se primeiramente à definição do perfil do aluno egresso e à discussão sobre as lacunas no ensino do curso, sintetizadas em 2014 em cinco eixos temáticos:

  1. Processos de Urbanização: teoria, história e intervenção;
  2. Território e a Questão Ambiental: as múltiplas dimensões da sustentabilidade;
  3. Construção do Edifício e da Cidade: materiais, técnicas e tecnologia;
  4. Questão do Patrimônio: concepções, políticas e intervenções;
  5. Arquitetura, Cultura Urbana e Política.

A discussão desdobra-se em 2015 com o 1º. Seminário Geral do Processo de Renovação e a criação de um Grupo de Trabalho, vinculado à Comissão de Graduação. O debate concentra-se na definição da identidade do curso e nas possibilidades abertas por outros desenhos de estrutura curricular e de espaços e de tempos pedagógicos distintos. Como resultado, em setembro de 2017, no 3º. Seminário Geral chegou-se a uma formulação da identidade do CAU, refinada no 5º. Seminário de fevereiro 2018:

“Formar um profissional capaz de lidar com as questões contemporâneas relacionadas à arquitetura, ao urbanismo e aos processos de urbanização, por meio de uma abordagem crítica e propositiva dos processos produtivos (que integram cultura, sociedade e técnica) em suas múltiplas escalas, o edifício, a cidade, a paisagem e o território”.

Simultaneamente, o GT elaborou uma proposta visando a rearticulação do curso em dois ciclos de ensino/aprendizagem, um básico nos três primeiros anos, e prevendo novos formatos para as disciplinas do segundo ciclo, transdisciplinares, que envolveriam a contribuição e participação de conhecimentos e professores de distintas áreas.

Apesar do intenso interesse que esta proposta despertou, não se chegou a um consenso quanto à sua fundamentação e seu formato definitivo.  Como consequência, deliberou-se por continuar o processo definindo um desenho básico da coordenação horizontal e vertical do curso ano a ano, cabendo às áreas de conhecimento definirem o recorte de suas disciplinas, ainda dentro da proposta de dois ciclos.

Uma nova dinâmica estabelece-se a partir de maio de 2018.  Após análise do material reunido no 6º. Seminário Geral, essencialmente um encontro entre as áreas de conhecimento, o GT Renovação elabora uma primeira síntese das contribuições das áreas, exposta em reuniões setoriais em setembro do mesmo ano. Após novas reuniões das áreas, o material produzido e sistematizado pelo GT Renovação é objeto de deliberação no 7º. Seminário Geral, realizado em dezembro de 2018, o qual acorda uma concepção geral de curso estruturada em sequências de disciplinas ao longo de cinco anos e um novo desenho e inserção das disciplinas optativas.

Pautada por essa concepção, uma nova grade curricular é apresentada e discutida em abril de 2019, retornando às áreas de conhecimento para seu refinamento. Em sete de agosto de 2019 foi realizado o 8º. Seminário Geral do Processo de Renovação, na qual foi apresentado, e aprovado pela maioria dos docentes, a proposta elaborada pelo GT e pela Comissão de Graduação e da qual este documento é a síntese final. Em 17 de setembro ele foi aprovado pela Comissão de Graduação que o encaminhou para sua aprovação final pela Congregação, na mesma data.

Enquanto Projeto Político-Pedagógico sintetiza as questões levantadas acima, com o objetivo de estabelecer diretrizes claras e consistentes, que garantissem o lugar das diversas vozes, posturas e questões levantadas e expressassem todo o processo, resguardando a experiência acumulada ao longo de mais de 34 anos de existência do CAU. Em essência, a partir do extenso debate ocorrido sobre os caminhos abertos a sua renovação, a noção da identidade do curso foi central, entendida como um fenômeno dinâmico e em constante transformação. Além de preencher as lacunas observadas na formação do aluno/a, parte considerável do esforço foi repensar muitos procedimentos e práticas vigentes, procurando incorporá-las de modo a não apenas complementar a experiência pedagógica acumulada, mas também criar instâncias que abrissem novas possibilidades, o que redundou não apenas na reestruturação dos conteúdos ministrados ou na proposição de outros, mas, levou a repensar a pertinência dos formatos, tempos e dos espaços didáticos existentes. Em decorrência disso, tomou-se o cuidado de estabelecer dentro do CAU espaços especialmente voltados a experimentações, que garantam a continuidade de práticas didáticas inovadoras, como a permanente incorporação de questões emergentes. Assim, temos o desenho de uma nova diretriz de inserção das optativas dentro do curso, do aprofundamento das atividades de extensão e da incorporação das atividades acadêmicas complementares.

Podemos apontar, entre os diversos avanços, a maior ênfase em questões contemporâneas – uma discussão mais aprimorada de sua especificidade e das relações que estabelece com o Moderno, na teoria e na prática; a ampliação do quadro conceitual das discussões sobre a arquitetura e urbanismo no Brasil, na medida em que o novo enfoque passa por sua inclusão no contexto mais amplo da América Latina; um maior enfoque na reflexão e na prática sobre a cidade, o urbanismo e o planejamento, com diferentes aproximações escalares, aprofundando a discussão sobre suas relações com a arquitetura, a cultura e a sociedade, dando continuidade à estreita unidade existente no CAU-IAU entre proposição e reflexão nos projetos arquitetônico e urbano; a atualização da abordagem da tecnologia do espaço construído, aprofundando as questões ambientais. Desse modo, o PPP busca uma visão mais consistente sobre a contemporaneidade e suas formas culturais, enfatiza a presença das novas tecnologias neste contexto, sem esquecer os vínculos com a prática arquitetônica, a produção da cidade e a sociedade.

Os pressupostos da prática do Trabalho de Graduação Integrado (TGI) permanecem, uma vez que estão em sintonia com os objetivos da proposta de renovação. Não obstante, é importante mencionar que uma das expectativas subjacentes a este PPP é o rebatimento, no TGI, da renovação dos conteúdos e das experiências didáticas propiciadas pelos novos espaços e formatos voltados a experimentações e questões emergentes.

O Processo de Renovação foi longo, mas fecundo, na medida em que envolveu o corpo docente (e parcelas significativas do discente) e mobilizou as áreas de conhecimento em torno da reflexão sobre o curso existente e suas possibilidades. O próximo objetivo é garantir a mesma qualidade de engajamento em sua implementação.

4. Descrição do perfil do profissional egresso

O interesse pela identidade do CAU atravessou todo o processo de discussão, recebendo progressivamente formulações cada vez melhor elaboradas:

“Formar um profissional capaz de lidar com as questões contemporâneas relacionadas à arquitetura, ao urbanismo e aos processos de urbanização, por meio de uma abordagem crítica e propositiva dos processos produtivos (que integram cultura, sociedade e técnica) em suas múltiplas escalas, o edifício, a cidade, a paisagem e o território”.

Na reflexão que acompanhou todo o processo, destacou-se a preocupação com o perfil do profissional egresso, concebida como uma das diretrizes da renovação do curso. Esta reflexão não é nova entre os docentes do curso, como vemos neste trecho do Projeto Político-Pedagógico de 1996.

“Em um momento de intensa transformação social, cultural e econômica a questão do perfil do profissional a ser formado deve comparecer na proposta pedagógica dentro de um amplo contexto cultural. Ou seja, o objetivo do CAU não deve se restringir a responder a demandas específicas da situação presente”.

Ou, como aparece no Projeto Acadêmico do IAU,

“O Curso de Arquitetura e Urbanismo (CAU) forma profissionais arquitetos e urbanistas (…) estabelecendo um ambiente no qual se prioriza a postura propositiva, a pesquisa e a construção de um espaço de reflexão sobre a Arquitetura e o Urbanismo. Não se trata simplesmente de capacitar alunos aptos a responderem a uma situação particular de mercado, mas de formar profissionais para o exercício da profissão em um campo em constante mutação, conscientes de seu papel na sociedade.”

Isso significa a formação de um profissional capaz de utilizar os conhecimentos do campo específico do saber arquitetônico e urbanístico sem perder a perspectiva mais ampla dos contextos sociais e culturais em que atua. Em outras palavras, dotar o aluno de “formação básica abrangente, que o capacite a trafegar nas distintas áreas do conhecimento que compõem o perfil profissional de um Arquiteto”. O curso visa construir no aluno uma postura crítica, concebida como indissociável da capacidade de reflexão e proposição por meio da criação de um ambiente no qual se incentiva a postura crítica e propositiva do aluno/a e a construção de um espaço de pesquisa e reflexão sobre a Arquitetura e o Urbanismo e a Sociedade.

Por último, exatamente por se situar em um momento de intensa transformação social, cultural e econômica, a presente proposta prevê a formação de um/a, o aluno/a apto/a ao aprendizado permanente, preparado para a atualização constante de sua formação e capaz de cooperar plenamente em equipes de profissionais cujas práticas e conhecimentos vão além daqueles conferidos por sua formação.

Em síntese, a presente proposta didático-pedagógica tem como objetivo a formação de um egresso, que detentor de adequada fundamentação teórica e capacitação técnica, seja apto a atuar multidisciplinarmente; que dotado de senso crítico e responsabilidade social, que o habilite a uma atuação consequente, seja capaz de utilizar o conhecimento acumulado e produzir novos; que seja consciente da realidade em que atua, tornando-se um agente transformador, capaz de responder às demandas estruturais da sociedade e que possuidor de uma visão ética, formação humanística e sólida formação em arquitetura, urbanismo e arquitetura da paisagem, seja capaz de atuação crítica e criativa, considerando seus aspectos sociais, ambientais e econômicos.

4.1 Habilidades e competências

Adicionamos este item ao escopo do PPP, por entender que auxilia a demonstrar como este último responde às exigências legais de distintos níveis da legislação, assim como possibilita detalhar como se materializa neste projeto o amplo leque de habilidades e competências exigidas ao arquiteto. Retomemos um item do PPP anterior, voltado à discussão das habilidades e competências exigidas:

Conforme a legislação brasileira (Lei 5.194/66), a habilitação profissional do arquiteto e urbanista é única, não existindo modalidades na profissão. Portanto, os arquitetos e urbanistas podem exercer sua profissão em qualquer lugar do Brasil, independentemente da localização de cursos de Graduação.

No que diga respeito às competências do profissional arquiteto e urbanista, os termos da legislação (Lei 5194/66, resolução 218 e decisão 47 do CONFEA) estabelecem, em linhas gerais, que o mesmo deverá estar capacitado, em relação: às construções, aos conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura de interiores, ao urbanismo, ao planejamento físico, urbano e regional, ao desenvolvimento urbano e regional e ao paisagismo para o exercício das seguintes atividades; Supervisão, orientação técnica, coordenação, planejamento, projetos, especificações, direção e execução de obras, ensino, assessoria, consultoria, vistoria, perícia e avaliação.

Como conclusão, uma vez que o exercício da profissão de arquiteto e urbanista, com suas consequentes responsabilidades legais compreende um espectro bastante amplo, a graduação passa a ter um papel de formação inicial no processo de educação permanente.

As habilidades gerais que devem se fazer presente na formação de um arquiteto e urbanista devem considerar a aquisição:

  • De um conhecimento da história e teorias da arquitetura, bem como das artes, tecnologia e ciências humanas correlatas,
  • Do conhecimento das artes plásticas, entendendo sua relação com o projeto arquitetônico,
  • Do conhecimento de projeto urbano e das habilidades específicas envolvidas nos processos de planejamento,
  • Do conhecimento em arquitetura da paisagem, compreendendo as habilidades específicas envolvidas,
  • Do conhecimento de plano e projeto em diferentes escalas do território,
  • Da habilidade de criar projetos de edificações, de intervenções urbanas e de arquitetura paisagística, que satisfaçam tanto os requisitos estéticos quanto técnicos,
  • Da compreensão da necessidade de se relacionar às edificações e seu espaço urbano à escala e às necessidades humanas,
  • Da compreensão do papel do Arquiteto na sociedade,
  • Do domínio da comunicação oral, escrita, dos meios gráficos de representação, bem como dos métodos de investigação e a preparação de sínteses de um projeto arquitetônico,
  • Da compreensão do projeto estrutural, dos problemas construtivos e de engenharia, associados ao projeto de edificações,
  • Da compreensão das inter-relações entre o projeto urbano e aspectos técnico-construtivos e de engenharia urbana associados,
  • Do conhecimento dos problemas físicos e tecnológicos e da função das edificações,
  • Do conhecimento dos problemas físicos e tecnológicos envolvidos em projetos urbanos, de modo a elaborar soluções que levem em consideração o conforto ambiental urbano,
  • De um conhecimento adequado ao planejamento e coordenação de obras de edificações, projetos urbanos e de arquitetura paisagística,
  • Das habilidades projetuais necessárias a satisfazer os requisitos dos usuários das edificações no conjunto de restrições impostas por fatores do custo e da legislação edilícia,
  • De um conhecimento adequado dos processos produtivos, dos regulamentos e dos procedimentos envolvidos na tradução de conceitos projetuais em edificações, e planos integrados no planejamento geral,
  • De um conhecimento adequado na organização e operação de sistemas de produção de projetos de edificações, intervenções urbanas e arquitetura paisagística,
  • De um compromisso com a ética profissional e o desenvolvimento da capacitação para operar em campos multidisciplinares.


4.2 Dos conteúdos e da estrutura curricular

Os conteúdos curriculares presentes no CAU-IAU estão relacionados nas tabelas a seguir, compreendendo os campos do conhecimento essenciais e específicos. Ambos os campos indicam matérias a serem incorporadas no aprendizado.

Campos de conhecimento essenciais:

CAMPOS DE CONHECIMENTO – ESSENCIAIS

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Teoria e História das Artes; Estética

Conhecimento da História e das teorias artísticas e da Estética, e de suas relações com a arquitetura e o Urbanismo.

Estudos Sociais

Conhecimento da filosofia e das ciências humanas e sociais e de suas relações com a cultura, a arquitetura e o urbanismo.

Estudos Ambientais

Conhecimento das ciências ambientais vinculadas à arquitetura e ao urbanismo, em particular em relação à preservação ambiental.

Representação e Linguagem

Conhecimento da geometria, do desenho e de outros modos de expressão vinculados à arquitetura e ao urbanismo, bem como das distintas linguagens da arquitetura e do urbanismo.

Física

Conhecimento de aspectos da física enquanto matéria de fundamentação em distintas áreas vinculadas à arquitetura e ao urbanismo.

Matemática

Conhecimento de aspectos da matemática enquanto linguagem e matéria de fundamentação nas áreas vinculadas à arquitetura e ao urbanismo.

História e Teoria Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo.

Conhecimento da história e teorias da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo.

Projeto

Capacidade de conceber e desenvolver projetos urbanos, de arquitetura e paisagismo que considerem devidamente: aspectos físicos e tecnológicos; dos sistemas estruturais e construtivos; dos materiais empregados e de sua materialidade; de estudos, análises e planejamento de intervenções; de infraestrutura urbana; dos processos de planejamento urbano; das questões ambientais; e referentes à compatibilização entre projeto e as normas e legislação.

Tecnologia da Construção

Habilidade para desenvolver soluções projetuais que contemplem novas técnicas e a adequação de tecnologias existentes; conhecimento dos materiais, processos e sistemas construtivos, industrialização e racionalização da construção.

Sistemas Estruturais

Domínio da concepção estrutural de um projeto; conhecimento adequado dos sistemas estruturais e da estabilidade das construções.

Conforto Ambiental

Domínio de aspectos da habitabilidade, das edificações e do ambiente urbano, como condicionante da forma e da organização do espaço, particularmente de questões acústicas, energéticas, luminícas e térmicas.

Geomática Aplicada

Capacidade de leitura e interpretação de cartas, por meio do domínio de aspectos da topografia, da aerofotogrametria e da foto‑interpretação, nas questões vinculadas à arquitetura e ao urbanismo.

Meios digitais

Conhecimento da linguagem, de seus sistemas de representação e do tratamento da informação relacionados à arquitetura e ao urbanismo.

Campos de conhecimento específicos:

CAMPOS DE CONHECIMENTO – ESPECÍFICOS

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Planejamento Urbano e Territorial

Habilidade no desenvolvimento de estudos, análises e intervenções no espaço urbano, metropolitano e regional, considerando processos de planejamento e conhecimento da infraestrutura urbana e regional.

Preservação e Restauro

Conhecimento da teoria e das possibilidades tecnológicas para a concepção e resolução de projetos de restauro, conservação e recuperação de edificações e conjuntos urbanos pertencentes ao acervo construído e ao patrimônio cultural.

Pesquisa

Domínio de métodos e processos de investigação vinculados à arquitetura e ao urbanismo.

5. Grade curricular e outros espaços de formação

O currículo pleno do CAU-IAU é integralizado em 05 (cinco) anos; as disciplinas do CAU-IAU estão divididas em quatro grandes áreas do conhecimento: Projeto, Representação e Linguagem, Tecnologia e Teoria e História, oferecidas pelos docentes do IAU, complementadas por aquelas oferecidas pela EESC, pelo IFSC e pelo ICMC.  Ao final da graduação, no 5º. Ano, temos a disciplina de Estágio Profissional Supervisionado e o Trabalho de Graduação Interdisciplinar.

O aluno deve cumprir um total de 230 créditos-aula e 82 créditos-trabalho em disciplinas obrigatórias, proporcionalmente distribuídos ao longo dos anos, 6 créditos-aula em disciplinas optativas eletivas e 18 créditos-aula em disciplinas optativas livres; a matriz básica da estrutura curricular parte do oferecimento de disciplinas semestrais; incorpora, porém, dentro desta matriz, a contribuição essencial de distintos tempos e espaços didáticos na formação do profissional.

A coexistência de tempos e espaços heterogêneos de aprendizagem é considerada essencial para a criação de um ambiente onde as habilidades e competências necessárias para a formação do arquiteto contribuam na construção de uma postura crítica, indissociável da capacidade de reflexão e proposição.

Há duas formas de encadeamento na grade curricular: uma horizontal, referente aos distintos anos da graduação (articulação de unidade temática por ano cronológico), e outra, vertical, formada pela sequência entre as disciplinas oferecidas por uma ou mais áreas do conhecimento (módulos de continuidade entre disciplinas). A informação sobre os pré-requisitos de cada disciplina encontra-se na respectiva ementa.

5.1. Disciplinas obrigatórias

As disciplinas obrigatórias, proporcionalmente distribuídas ao longo dos cinco anos, são oferecidas pelas quatro áreas de conhecimento: Teoria e História; Projeto; Tecnologia e Representação e Linguagem, complementadas por aquelas oferecidas pela EESC, pelo IFSC e pelo ICMC.

A relação das disciplinas obrigatórias criadas encontra-se abaixo:

  • IAU0911 Projeto I – Edifício, Cidade, Paisagem e Território
  • IAU0913 Introdução às Teorias da Arte, da Arquitetura e da Cidade
  • IAU0915 Tecnologia da Arquitetura e do Urbanismo I
  • IAU0916 Desenho I
  • IAU0917 Meios Digitais I
  • IAU0918 Plástica I
  • SME0346 Matemática
  • 7600106 Física
  • IAU0921 Projeto II – Arquitetura e Urbanismo
  • IAU0923 Introdução à Arquitetura e ao Urbanismo
  • IAU0925 Conforto Ambiental I
  • IAU0926 Desenho II
  • IAU0927 Meios Digitais II
  • IAU0928 Plástica II
  • IAU0931 Projeto III – Habitação e Centralidades
  • IAU0933 Arquitetura e Urbanismo no Brasil e na América Latina I
  • IAU0934 Processos de Urbanização
  • IAU0935 Materiais de Construção
  • IAU0936 Linguagens Visuais I
  • SET0196 Sistemas Estruturais
  • SET0196 Sistemas Estruturais
  • STT0177 Geomática Aplicada
  • IAU0941 Projeto IV – Redes e Equipamentos Públicos
  • IAU0942 Ordenamento Territorial
  • IAU0943 Arquitetura e Urbanismo no Brasil e na América Latina II
  • IAU0945 Sistemas Construtivos
  • IAU0946 Linguagens Visuais II
  • SET0197 Sistemas Estruturais em aço e madeira
  • SGS0130 Mecânica dos Solos e Fundações
  • SHS0613 Instalações Prediais
  • IAU0951 Projeto V – Patrimônio Arquitetônico, Urbanístico e Ambiental
  • IAU0952 Arquitetura da Paisagem I
  • IAU0953 Arquitetura e Urbanismo Modernos I
  • IAU0954 Estética I
  • IAU0955 Conforto Ambiental II
  • IAU0956 Linguagens e Processos Espaciais I
  • IAU0956 Linguagens e Processos Espaciais I
  • SET0198 Sistemas Estruturais em Concreto
  • IAU0961 Projeto VI – Áreas Vulneráveis
  • IAU0963 Arquitetura e Urbanismo Modernos II
  • IAU0964 Estética II
  • IAU0965 Planejamento e Gestão de Obras e Canteiros
  • IAU0966 Linguagens e Processos Espaciais II
  • STT0182 Mobilidade urbana e redes de transporte
  • IAU0971 Projeto VII – Redes Urbanas
  • IAU0971 Projeto VII – Redes Urbanas
  • IAU0973 Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos I
  • IAU0974 Arquitetura e Urbanismo, Ética e Sociedade
  • IAU0975 Tecnologia da Arquitetura e do Urbanismo II
  • IAU0976 Linguagem da Arquitetura e da Cidade I
  • SHS0614 Saneamento e Meio Ambiente
  • IAU0981 Projeto VIII – Regiões e Metrópoles
  • IAU0982 Arquitetura da Paisagem II
  • IAU0983 Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos II
  • IAU0986 Linguagem da Arquitetura e da Cidade II
  • IAU0990 Estágio Supervisionado
  • IAU0991 Introdução ao Trabalho de Graduação Integrado
  • IAU0992 Trabalho de Graduação Integrado

Por sua vez, esta é a relação das disciplinas obrigatórias excluídas:

  • IAU0651 Introdução à Teoria da Arte, Arquitetura e da Cidade
  • IAU0729 Plástica I
  • IAU0731 Projeto I-A
  • IAU0737 Desenho de Arquitetura I
  • IAU0743 Informática na Arquitetura I
  • SME0343 Matemática para Arquitetura I
  • IAU0648 Introdução à Arquitetura e Urbanismo Modernos
  • IAU0730 Plástica II
  • IAU0732 Projeto I-B
  • IAU0738 Desenho de Arquitetura II
  • IAU0744 Informática na Arquitetura II
  • SME0344 Matemática para Arquitetura II
  • IAU0649 Conforto Ambiental nas Edificações
  • IAU0725 Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo no Brasil I
  • IAU0739 Linguagens Visuais I
  • IAU0747 Tecnologia das Construções I-A
  • IAU0751 Projeto II-A
  • SET0192 Sistemas Estruturais I-A
  • IAU0650 Iniciação à Pesquisa Científica
  • IAU0675 Conforto Ambiental no Espaço Urbano
  • IAU0726 Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo no Brasil II
  • IAU0740 Linguagens Visuais II
  • IAU0745 Paisagismo I
  • IAU0748 Tecnologia das Construções I-B
  • IAU0752 Projeto II-B
  • SET0193 Sistemas Estruturais I-B
  • IAU0643 Estética I
  • IAU0733 Projeto III-A
  • IAU0749 Tecnologia das Construções II-A
  • IAU0753 Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo Modernos I
  • SET0194 Sistemas Estruturais em Concreto I-A
  • IAU0644 Estética II
  • IAU0734 Projeto III-B
  • IAU0750 Tecnologia das Construções II-B
  • IAU0754 Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo Modernos II
  • SET0195 Sistemas Estruturais em Aço e em Madeira II-B
  • IAU0676 Arquitetura e Urbanismo, Ética e Sociedade
  • IAU0727 Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos I
  • IAU0735 Projeto IV-A
  • IAU0741 Linguagem da Arquitetura e da Cidade I
  • IAU0746 Paisagismo II
  • IAU0728 Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos II
  • IAU0736 Projeto IV-B
  • IAU0742 Linguagem da Arquitetura e da Cidade II
  • IAU2119 Introdução à T. G. I.
  • IAU2120 Trabalho de Graduação Integrado I
  • IAU0701 Estágio Supervisionado
  • IAU2121 Trabalho de Graduação Integrado II

Dado que a implementação das alterações curriculares ocorrerá de modo progressivo, a partir do ano 2020, foi estabelecida a seguinte equivalência entre as disciplinas oferecidas até 2019 e as disciplinas propostas neste PPP:

Tabela 1. Equivalência das disciplinas obrigatórias do curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU.

GRADE PROPOSTA (currículo 99002)

GRADE ATUAL (currículo 99001)

Disciplina

Nome

CA

CT

Disciplina

Nome

CA

CT

IAU0911

Projeto I – Edifício, Cidade, Paisagem e Território

6

2

IAU0731

Projeto I-A

6

2

IAU0913

Introdução às Teorias da Arte, da Arquitetura e da Cidade

6

1

IAU0651

Introdução à Teoria da Arte, Arquitetura e da Cidade

6

2

IAU0916

Desenho I

3

1

IAU0737

Desenho de Arquitetura I

3

1

IAU0917

Meios Digitais I

4

1

IAU0743

Informática na Arquitetura I

4

1

IAU0918

Plástica I

3

1

IAU0729

Plástica I

3

1

SME0346 

Matemática 

SME0343

Matemática para Arquitetura I

3

1

SME0344

Matemática para Arquitetura II

3

1

IAU0921

Projeto II – Arquitetura e Urbanismo

6

2

IAU0732

Projeto I-B

6

2

IAU0923

Introdução à Arquitetura e ao Urbanismo

6

1

IAU0648

Introdução à Arquitetura e Urbanismo Modernos

6

1

IAU0925

Conforto Ambiental I

4

1

IAU0649

Conforto Ambiental nas Edificações

3

1

IAU0926

Desenho II

3

1

IAU0738

Desenho de Arquitetura II

3

1

IAU0927

Meios Digitais II

4

1

IAU0744

Informática na Arquitetura II

4

1

IAU0928

Plástica II

3

1

IAU0730

Plástica II

3

1

IAU0931

Projeto III – Habitação e Centralidades

6

2

IAU0751

Projeto II-A

6

2

IAU0933

Arquitetura e Urbanismo no Brasil e na América Latina I

6

1

IAU0725

Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo no Brasil I

6

1

IAU0935 

Materiais de Construção

IAU0747

Tecnologia das Construções I-A

3

1

IAU0748

Tecnologia das Construções I-B

3

1

IAU0936

Linguagens Visuais I

3

1

IAU0739

Linguagens Visuais I

3

1

SET0196 

Sistemas Estruturais 

SET0192

Sistemas Estruturais I-A

3

1

SET0193

Sistemas Estruturais I-B

3

1

IAU0941

Projeto IV – Redes e Equipamentos Públicos

6

2

IAU0752

Projeto II-B

6

2

IAU0943

Arquitetura e Urbanismo no Brasil e na América Latina II

6

1

IAU0726

Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo no Brasil II

6

1

IAU0945

Sistemas Construtivos

4

1

IAU0749

Tecnologia das Construções II-A

3

1

IAU0946

Linguagens Visuais II

3

1

IAU0740

Linguagens Visuais II

3

1

SET0197

Sistemas Estruturais em aço e madeira

4

1

SET0195

Sistemas Estruturais em Aço e em Madeira II-B

3

1

IAU0951

Projeto V – Patrimônio Arquitetônico, Urbanístico e Ambiental

6

2

IAU0733

Projeto III-A

6

2

IAU0952

Arquitetura da Paisagem I

4

1

IAU0745

Paisagismo I

4

1

IAU0953

Arquitetura e Urbanismo Modernos I

6

1

IAU0753

Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo Modernos I

6

1

IAU0954

Estética I

3

1

IAU0643

Estética I

3

1

IAU0955

Conforto Ambiental II

4

1

IAU0675

Conforto Ambiental no Espaço Urbano

3

1

SET0198

Sistemas Estruturais em Concreto

4

1

SET0194

Sistemas Estruturais em Concreto I-A

3

1

IAU0961

Projeto VI – Áreas Vulneráveis

6

2

IAU0734

Projeto III-B

6

2

IAU0963

Arquitetura e Urbanismo Modernos II

6

1

IAU0754

Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo Modernos II

6

1

IAU0964

Estética II

3

1

IAU0644

Estética II

3

1

IAU0965

Planejamento e Gestão de Obras e Canteiros

4

1

IAU0750

Tecnologia das Construções II-B

3

1

IAU0971

Projeto VII – Redes Urbanas

6

2

IAU0735

Projeto IV-A

6

2

IAU0973

Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos I

6

1

IAU0727

Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos I

6

1

IAU0974

Arquitetura e Urbanismo, Ética e Sociedade

3

1

IAU0676

Arquitetura e Urbanismo, Ética e Sociedade

3

1

IAU0976

Linguagem da Arquitetura e da Cidade I

3

1

IAU0741

Linguagem da Arquitetura e da Cidade I

3

1

IAU0981

Projeto VIII – Regiões e Metrópoles

6

2

IAU0736

Projeto IV-B

6

2

IAU0982

Arquitetura da Paisagem II

4

1

IAU0746

Paisagismo II

4

1

IAU0983

Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos II

6

1

IAU0728

Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos II

6

1

IAU0986

Linguagem da Arquitetura e da Cidade II

3

1

IAU0742

Linguagem da Arquitetura e da Cidade II

3

1

IAU0990

Estágio Supervisionado

0

10

IAU0701

Estágio Supervisionado

0

10

IAU0991 

Introdução ao Trabalho de Graduação Integrado 

IAU2119

Introdução à T. G. I.

2

1

IAU2120

Trabalho de Graduação Integrado I

4

6

IAU0992

Trabalho de Graduação Integrado

8

6

IAU2121

Trabalho de Graduação Integrado II

4

6

Foi estabelecido o seguinte conjunto de critérios para a equivalência entre as disciplinas atuais e as propostas por este PPP: a similaridade entre sua colocação na grade curricular, ano a ano, entre os conteúdos pedagógicos e sua acreditação. Acima está indicada a equivalência entre cada uma das disciplinas atuais e as propostas. Apenas no caso da exclusão de oito disciplinas, a equivalência foi estabelecida entre uma nova disciplina proposta (coluna da esquerda) e duas disciplinas da grade atual (coluna da direita). Caso o aluno tenha sido reprovado em uma ou duas dessas duas disciplinas, deve cumprir os créditos da nova disciplina indicada.

5.2 Disciplinas Optativas Livres

Disciplinas Optativas Livres e Optativas Temáticas, Viagens Didáticas de Campo, workshops e outros espaços didáticos de formação estão presentes, em diferentes medidas, ao longo de todo o curso. Ao contrário das disciplinas obrigatórias, responsabilidade das áreas, seu oferecimento é de responsabilidade do conjunto dos docentes.

Neste projeto, o papel das disciplinas optativas no CAU foi reorientado, reconhecendo-as como instâncias que articulam os conteúdos abordados nas disciplinas obrigatórias com o universo de expectativas e motivações inerentes à formação de um sujeito crítico e propositivo. Afora ensejar um papel ativo do estudante na construção do próprio conhecimento, por meio das optativas buscou-se articular vocações e expertises presentes em nossa instituição, propiciando um ambiente para o diálogo sobre temas contemporâneos, apto ao exercício de múltiplas formas de ensino e de aprendizagem.

Tal reestruturação pressupôs a criação de duas categorias de disciplinas, as Optativas Livres e as Optativas Temáticas.

5.2.1 Disciplinas Optativas Livres

As disciplinas Optativas Livres são decorrentes de uma proposta específica de um ou mais docentes, englobando questões diversas: intercâmbio com professor convidado ou visitante; pesquisa em andamento; projeto de extensão; Atividade Acadêmica Complementar (AAC); interesses presentes do corpo docente, inclusive os de outras unidades. Seu oferecimento depende da apresentação e aprovação prévias de sua ementa pela Comissão de Graduação.

5.2.2.  Disciplinas Optativas Temáticas

A existência das disciplinas Optativas Temáticas parte do reconhecimento da importância de constituir um espaço de articulação pedagógica entre o corpo de conteúdos presentes nas disciplinas obrigatórias e o Trabalho de Graduação Integrado. Seu oferecimento deve se encaixar dentro dos seguintes eixos temáticos:

I. Tecnologia, Arquitetura e Urbanismo.
II. Planejamento, Projeto e Território.
III. Memória e Patrimônio.
IV. Habitação e Cidade.
V. Infraestrutura, Paisagem e Ambiente.
VI. Cidade, Cultura e Política.

Constituindo dois conjuntos, as disciplinas Optativas Temáticas serão oferecidas regularmente, em semestres alternados. No 1º. Semestre de cada ano letivo serão ministradas as disciplinas dos eixos numerados de I a III; no 2º. Semestre, as dos eixos IV a VI, de modo que, sobrepostas na grade de horário, permitem a opção discente por um tema afeito aos campos da Arquitetura, do Urbanismo e da Arquitetura da Paisagem.

Sua concepção permite formatos com carga horária flexível, em módulos mensais, bimestrais ou semestrais, com 1 a 4 horas-aula semanais. Podem ser ministradas por um docente ou por um grupo de docentes, pertencentes à mesma área de conhecimento ou oriundos de distintas áreas, segundo abordagens intra, inter, multi ou transdisciplinares, com ênfases no aspecto teórico-crítico, na leitura e experimentação ou exercício técnico-projetual. Seu oferecimento também depende da apresentação e aprovação prévias de sua ementa pela Comissão de Graduação, que a cada semestre organiza as condições de sua oferta e alocação docente.

5.3. Grade horária do curso

O curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU é oferecido em período Integral. As aulas são ministradas de segunda a sexta-feira, no horário compreendido, no período da manhã, entre 07h e 13h, e, no período da tarde, entre 13h e 18h30. Ocasionalmente podem ser ministradas disciplinas optativas, no período noturno, no horário compreendido entre 18h e 23h.

5.4. Outros espaços de formação

Outros espaços de formação, com distintos tempos e com características próprias, coexistem com as disciplinas obrigatórias e optativas: viagens didáticas de campo; workshops, eventos, eventos; atividades de pesquisa em laboratório e/ou acadêmica; atividades de extensão; atividades didáticas complementares, estágio profissional e o trabalho de graduação integrado.

5.4.1. Viagens didáticas

O curso prevê a realização de forma regular e permanente de viagens didáticas a obras, conjuntos, instituições de gestão da cidade e a cidades consideradas fundamentais para sua formação (cidades da região e metrópoles: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília).

5.4.2. Workshops

O curso prevê a realização de workshops, atividades multidisciplinares, que abrangem desde seminários a atividades práticas, exercícios projetuais, montagem de exposições, confecção de publicações, etc., contando, não raro, com a participação de profissionais ou docentes visitantes de destacada atuação.

5.4.3. Eventos

Trata-se do oferecimento de palestras, ciclos de debate ou ainda a participação em seminários ou congressos que contam com a presença de pesquisadores e profissionais de expressão nacional ou internacional. O CAU realiza eventos de caráter fixo no calendário como a Aula Inaugural e a Aula Magna, além de eventos de envergadura organizados pelos próprios alunos: Semana dos Calouros (recepção aos ingressantes) e a SEMANAU (semana cultural).

5.5. Atividades de pesquisa e extensão

Seguindo as diretrizes da Universidade de São Paulo, o CAU prevê a forte integração entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, expressa na produção científica de seus docentes, na participação discente nas pesquisas e no engajamento de ambos em atividades de extensão.

5.5.1 Atividades de pesquisa acadêmica

Historicamente, o CAU-IAU destaca-se pela integração entre ensino e pesquisa, expressa na alta porcentagem de professores vinculados ao Programa de Pós-graduação do próprio IAU (29 docentes em um total de 36) e na participação ativa de alunos nos grupos de pesquisas e projetos de pesquisa, o que “garante uma grande permeabilidade entre graduação e pós-graduação, com benefícios para ambas.” (Avaliação Institucional USP 2010-2014). Como resultado, há uma alta taxa de bolsistas de iniciação científica em relação ao total de matriculados (em 2017, o percentual foi de 26,13%) e intensa participação em simpósios científicos consagrados à IC (em 2017, 24,62% dos alunos apresentaram trabalho no SIICUSP).

5.5.2 Atividades de pesquisa laboratorial

O CAU fomenta o vínculo entre o ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão, por meio de uma abordagem contemporânea de ensino que valoriza metodologias ativas de pesquisa em laboratório, dentre as quais podemos destacar a interatividade por meio da experimentação em múltiplos materiais e suportes, e da modelagem, da simulação do desempenho dos edifícios e dos espaços urbanos.

5.5.3. Atividades de extensão

O CAU fomenta o vínculo entre o ensino de graduação e extensão, por meio de uma abordagem que valoriza metodologias ativas de pesquisa, incorporando estas atividades no quadro de suas disciplinas e em outros espaços de formação tais como atividades acadêmicas complementares ou no apoio a projetos dirigidos por seus docentes. As atividades de extensão são consideradas como um meio privilegiado de alcançar no ensino uma maior adequação à realidade social, local e nacional, e para experimentar novas formas de articulação entre os saberes; também é valorizado o retorno dado ao próprio ensino pelas experiências em pesquisa e extensão.

6. Curricularização da Extensão

Consoante a Resolução CNE/CES nº 7, de 18/12/2018, as atividades de extensão compõem no mínimo 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular estudantil da CAU-IAU, que poderão ser integralizadas por meio de disciplinas obrigatórias específicas, de disciplinas optativas eletivas “Seminários Temáticos” e de disciplinas optativas livres “Viagens Técnicas de Arquitetura”, conforme descrito no conteúdo de suas ementas.

Conforme diretrizes da Universidade de São Paulo, a carga horária curricular de extensão também poderá ser integralizada por meio de Atividade Extensionista Curricularizada (AEX).

As atividades de extensão são compreendidas como atividades coordenadas por docente com a participação discente por meio de estudos e ações dirigidas a estratos sociais com interações dialógicas da comunidade acadêmica com a sociedade para uma formação construída a partir da realidade. De acordo com o conceito de extensão universitária proposto pela Política Nacional de Extensão Universitária, compreende-se que “(…) a sociedade oferece a oportunidade de elaboração da praxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão o aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. ” (FORPROEX, 1987 in Política Nacional de Extensão Universitária, 2012, p. 15).

O processo de reflexão e avaliação das atividades encontrarão lugar nos trabalhos apresentados aos Congressos de Graduação da USP e aos Seminários de Cultura e Extensão do IAU-USP.

7. Atividades Acadêmicas Complementares

Consoante o Plano Nacional de Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e as normas instituídas pela Universidade de São Paulo, o PPP do CAU-IAU estabelece como obrigatória a carga horária mínima de cinco créditos-trabalho em Atividades Acadêmicas Complementares (AAC), nas seguintes modalidades:

  1. Atividades Acadêmicas Complementares de Graduação (AACG): – Bolsas em projetos de modalidade de ensino; – Premiações acadêmicas na graduação; – Disciplinas ou estágios acadêmicos realizados no exterior – intercâmbio; – Disciplinas ou estágios acadêmicos não obrigatórios; – Monitoria em cursos de graduação; – Participação na organização de eventos da graduação; – Participação em programas de atividades extramuros relacionadas à prática profissional do curso de Arquitetura e Urbanismo; – Participação como aluno especial em disciplina de programa de pós-graduação; – Participação em atividades acadêmicas na Agência USP de Inovação; – Participação em visitas acadêmicas monitoradas na Unidade; – Participação na Comissão da Semana de Recepção aos Calouros.
  2. Atividades Acadêmicas Complementares de Cultura e Extensão (AACCE): – Participação em cursos de extensão universitária; – Participação em cursos extracurriculares; – Participação em empresas juniores; – Participação em grupos científicos; – Participação em grupos e organizações que promovam ações sociais; – Participação em programa de extensão de serviços à comunidade; – Participação em visitas culturais e de extensão monitoradas na Unidade; – Participação em edição do Projeto Rondon; – Realização de treinamentos técnicos; – Recebimento de bolsas em projetos de modalidade cultura e extensão; – Recebimento de premiações sociais e/ou comunitárias; – Participação em Semanas acadêmicas; – Representação discente em colegiados e entidades estudantis; – Participação em atividades culturais em Museus, Institutos Especializados e Centros Culturais; – Participação em núcleos de apoio à cultura e extensão.
  3. Atividades Acadêmicas Complementares de Pesquisa (AACPq): – Participação em congressos, seminários e conferências científicas com apresentação de trabalhos; – Realização de iniciação científica; – Recebimento de bolsas em projetos de modalidade de pesquisa; – Recebimento de premiações científicas; – Participação em atividades de pesquisa na Agência USP de Inovação; – Participação na autoria de artigos científicos e nos registros de patentes; – Atividades curatoriais.

Nos termos da Resolução CoG, CoCEx e CoPq Nº 7788, de 26/08/2019, que instituiu as normas e disciplinas para a integralização de créditos em AAC, destaca-se que tais atividades, além de contemplarem o “processo ativo de participação do estudante na construção de seu currículo com foco na formação profissional e de cidadão comprometido com a comunidade onde atua”, devem “privilegiar o enriquecimento e a complementação da formação profissional, científica, social e cultural do estudante,” nas áreas de ensino e formação sociocultural; responsabilidade social e interesse coletivo; pesquisa e formação profissional; extensão e aperfeiçoamento.

Baseado nessas premissas, o processo de aferição, validação, avaliação e quantificação de horas e créditos pressupõe valorar se as AAC realizadas fora do ambiente acadêmico contribuíram para o desenvolvimento das habilidades e competências previstas no PPP, qualificando-se de fato como complementares à formação em Arquitetura e Urbanismo. Toda solicitação deve ter um Professor Orientador ou Responsável, quando for o caso, e estar circunstanciada por uma declaração com a atividade realizada, a carga horária correspondente, os agentes envolvidos (instituições, coordenadores, ministrantes…) e a avaliação de mérito. Por meio do Sistema Júpiter, os alunos submetem suas requisições, possibilitando que a participação na construção do próprio conhecimento transpareça no histórico escolar. Créditos excedentes de AAC não são conversíveis em créditos de disciplinas optativas, no entanto o inverso é possível: a integralização das AAC com optativas cursadas em número superior ao estabelecido no PPP. Também não se admite creditação em duplicidade. Por exemplo, a vinculação de uma pesquisa de iniciação científica ao Estágio Supervisionado é sempre exclusiva, inviabilizando o aproveitamento das horas excedentes. Do mesmo modo, premiações acadêmicas, sociais ou científicas não agregam créditos adicionais aos da produção ou apresentação original. Evidentemente, a duplicidade inexiste quando se tratar de participação em evento diverso (ou em outra fase, como no SIICUSP).

8. Estágio supervisionado

O estágio supervisionado do CAU-IAU objetiva proporcionar o contato do estudante com a prática e a realidade profissional, proporcionando experiência para trabalhar tanto de forma individual como em equipes de arquitetos e urbanistas ou multidisciplinares; pode ter como objetivo o desenvolvimento de projetos ou de atividades teórico-investigativas. A atividade de estágio é obrigatória e entendida como profissionalizante. Considera a possibilidade de capacitar tanto ao exercício profissional em seu sentido tradicional, quanto à pesquisa acadêmica. O estágio é entendido como um espaço de formação do aluno, e, portanto, essencialmente de complementação educacional. Assim sendo, seu planejamento e desenvolvimento estão integrados à programação didático-pedagógica do Curso, dentro das áreas de conhecimento estabelecidas pelo Projeto Político Pedagógico do curso O estágio vinculado à prática profissional deve desenvolver-se em locais que ofereçam condições plenas para a sua realização (empresas públicas ou privadas, instituições de ensino e pesquisa ou organizações congêneres); quando vinculado à prática teórico-investigativa, deve se constituir por meio de atividades de pesquisa de iniciação científica, orientadas por docentes do curso e apoiadas por agências de fomento à pesquisa (CNPq, FAPESP, USP, etc.). A atividade de Estágio deve se iniciar, no máximo, durante o período em que o aluno esteja cursando disciplina(s) do 9º período ideal do curso. Quando vinculado à prática profissional, o aluno poderá desenvolver atividades de Estágio após ter integralizado, ao menos, 60% dos créditos do curso. Nos casos vinculados à prática teórico-investigativa cabe à CG validar a atividade de pesquisa como Estágio.

A atividade de Estágio equivale a 10 (dez) créditos trabalho, sendo, portanto, equivalente a 270 horas na atividade de estágio e 30 na formulação do Plano de Trabalho e o Relatório Final.  A supervisão do estágio será realizada por docente do Curso, responsável pelo Plano de Trabalho, pelo acompanhamento de suas atividades e pelo Relatório Final; caberá à CG e a Seção de Estágios do IAU, a supervisão das atividades de Estágio, sua avaliação é de responsabilidade do/a (s) professor (as/es) responsável(is). O produto final é o Relatório Final, coerente com o Plano de Trabalho.

9. Trabalho de Graduação Integrado (TGI)

O Trabalho de Graduação Integrado (TGI) é entendido como síntese e domínio dos conhecimentos e habilidades adquiridos ao longo do curso e objetiva avaliar a capacitação do formando ao exercício profissional. O TGI é obrigatório e realizado apenas após a integralização do número mínimo de créditos definido pelo currículo pleno, constituindo-se em trabalho projetual individual e de livre escolha do aluno/a, elaborado com o apoio de professor (es/as) do curso e, ao seu final, submetido à banca de avaliação com participação externa.

10. Informações adicionais

10.1. Comissão de Graduação

Cabe à Comissão de Graduação, composta por docentes e representação discente, a tarefa de zelar pela qualidade e constante atualização dos conteúdos e questões didático-pedagógicas, acompanhar a implementação das atividades de ensino, além da solução de problemas específicos. Cabe também a esta comissão determinar as formas de registro, acompanhamento e avaliação do ensino.

10.2. Estratégias de atualização docente e a novas demandas e possibilidades do campo profissional

Em 2019 a reitoria da USP determinou que cada unidade e cada docente preparassem um Projeto Acadêmico para o próximo quinquênio. Tomadas em conjunto essas medidas constituem uma estratégia institucional que prevê tanto a permanente atualização docente como a constante adequação das unidades e dos cursos oferecidos aos desafios abertos pelas mudanças nos campos do saber e da atividade profissional.

10.3. Processo de Internacionalização

O curso mantém uma preocupação constante com a internacionalização, estimulando o intercâmbio de discentes e docentes e a colaboração com centros internacionais de excelência. Vários docentes realizaram sua formação de pós-graduação fora do Brasil e têm mantido e ampliado sua colaboração com Instituições Internacionais. A partir dessas relações, além de visitas técnicas e reuniões científicas, diversos convênios foram assinados a partir de 2003, abrindo aos alunos de graduação, docentes e servidores, a possibilidade de realizar intercâmbios e estágios internacionais.

O IAU possui convênios firmados com as seguintes Instituições de Ensino Superior estrangeiras: École de L’Aménagement Durable des Territoires, Etablissement Public, Université de Lyon, França; École Nationale Supérieure d’Architectura de Grenoble, França; École Nationale Superieur d’Architecture de Marseille, França; École Nationale Supérieure d’Arqchitecture de Lyon, França; Escuela Técnica Superior de Arquitectura de la Universidad de Sevilla, Espanha; Facultad de Arquitectura, Urbanismo Y Diseño – Universidad de Mendoza, Argentina; Faculté de I’Aménagement da Université de Montreal, Canadá; Hafencity Universität Hamburg, Alemanha; Leuphana Universität Lunebürg, Alemanha; Politécnico de Milano, Itália; Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Chile; Universidad Nacional del Litoral, Argentina, e Universidade do Porto, Portugal.

Em 2016, foi firmado o Duplo-Diploma entre o IAU e o Politécnico de Milão e em 2017 iniciadas as tratativas para um Duplo-Diploma com a Escola Técnica Superior de Sevilha.

11. Espaços Físicos

11.1 Ateliers e salas de aula

O CAU se desenvolve dentro das Instalações do IAU, contando para isso com o uso exclusivo de cinco salas ateliers e duas salas de vídeo. Está prevista a construção, a partir de 2020, de um novo bloco didático (ver abaixo: 10.5. Novo Bloco Didático).

11.2. Laboratórios

O curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU­USP conta um conjunto de seis laboratórios que conjugam ensino e pesquisa: Modelos e Maquetes, Construção Civil, Canteiro Experimental e Conforto ambiental, Desenho Livre Digital e Fabricação Digital.

11.2.1. Laboratório de Modelos e Maquetes

O Laboratório de Modelos e Maquetes conta com um conjunto de equipamentos básicos para trabalhos artesanais que permitem, além da confecção de maquetes e modelos, a experimentação didática em diversos materiais, e a criação de protótipos em escala real. O espaço desse laboratório é de 88,81m2; possui 2 técnicos especializados.

11.2.2. Laboratório de Construção Civil

O Laboratório de Construção Civil, voltado à pesquisa de materiais construtivos, possui equipamentos como prensas, estufas, retíficas, balanças e mesas vibratórias, disponibilizando recursos aos alunos para o desenvolvimento de seus projetos. O espaço desse laboratório é de 355,83.00 m2; possui 3 técnicos especializados.

11.2.3. Canteiro Experimental

O Laboratório “Canteiro Experimental” permite a experimentação com materiais, técnicas construtivas alternativas, muitas vezes em protótipos em escala real. Este laboratório comparte o espaço do laboratório anterior.

11.2.4. Laboratório de Conforto Ambiental.

O Laboratório de Conforto Ambiental possibilita a visualização prática e instrumental dos conceitos de conforto térmico, acústico e lumínico. Possui equipamentos que permitem análises em modelos reduzidos: o Heliodon para o estudo da trajetória solar, e a Mesa d’água, que permite a avaliação da ventilação natural, e equipamentos que permitem a avaliação do desempenho térmico, acústico ou visual em campo. O espaço desse laboratório é de 137,29 m²; possui um técnico especializado.

11.2.5. Laboratório de Fabricação Digital

Esse é um espaço que fornece suporte a atividades que utilizem novas tecnologias voltadas ao projeto de arquitetura e urbanismo, como a fabricação digital e a prototipagem rápida. Contíguo ao Laboratório de Modelos e Maquetes, este laboratório permite o uso comum de máquinas e ferramentas para processos híbridos (analógico-digitais) de produção de modelos e protótipos.

O Laboratório de Fabricação Digital possui duas máquinas de processo subtrativo: uma máquina router CNC e duas cortadoras a laser (uma de grande e outra de médio porte). Conta também com mesas para aulas teóricas e espaço livre para processos de montagem. Com isso, é possível a fabricação/prototipagem de modelos em escala reduzida e construções 1:1 para testes, simulações e uso. Um conjunto de máquinas de processo aditivo (impressoras 3D) instaladas em salas de três grupos de pesquisa será em breve incorporado ao Laboratório de Fabricação Digital. O espaço desse laboratório é de 124,93 m². Está prevista acontratação de um técnico especializado.

11.2.6. Laboratório de Desenho Livre Digital

O Laboratório de Desenho Livre Digital possui seis pranchetas digitais que possibilitam a realização de desenho à mão livre em softwares. O espaço desse laboratório é de 31,42m²; está prevista acontratação de um técnico especializado.

Tomados em seu conjunto, os laboratórios têm um importante papel na incorporação ao ensino das pesquisas em andamento no IAU e das novas tecnologias de informação, comunicação e mediação.

11.3. Sala Pró-Aluno

A Sala Pró-Aluno possibilita a utilização de computadores pelos alunos durante e após a realização das aulas, aberta durante 24 horas. Com área correspondente a 59,50 m² e está integrada à rede informacional da USP via fibra ótica e rede wireless. Possui 24 computadores e dispõe de técnicos especializados.

11.4. Biblioteca e acervo bibliográfico

O acervo da Biblioteca do IAU é composto por 4.728 livros, 504 catálogos de exposição, 309 teses e dissertações, 44 CDs, 72 DVDs, 930 Trabalhos de Graduação Integrado, 4496 exemplares de revistas impressas, sendo destas, 435 títulos.

Além disso, a Biblioteca tem um importante acervo, fruto da doação realizada pela família do Arquiteto Jorge Caron, materiais originais, tais como heliográficas, memoriais, diapositivos, negativos, fotografias e cartazes, além de roteiros de filmes, entre outros. Conta ainda com um conjunto de 11 projetos arquitetônicos (projetos executivos que incluem os projetos complementares) com destaque para: Rodoviária de Jaú (Vilanova Artigas); Memorial da América Latina – Parlamento Latino-Americano (Oscar Niemeyer); Museu da Escultura (Paulo Mendes da Rocha); Centro Administrativo de Uberlândia (Acácio Gil Borsoi); Palácio de Convenções – Parque dos Poderes (Rubens Gil de Camilo); Centro Empresarial Raja Gabáglia (Éolo Maia e Jô Vasconcelos); CPD Unibanco (Roberto Loeb).

Ocupa atualmente uma área de 85 m², está prevista a construção e implantação de novas instalações para a Biblioteca para o ano de 2021, que agregará o acervo da área de Arquitetura e Urbanismo locado temporariamente na Biblioteca da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o qual é constituído por 5.501 livros, 176 títulos de periódicos impressos e 556 teses e dissertações. – Ver abaixo (10.5.2)

A Biblioteca oferece 3 terminais de computadores para pesquisas científicas aos usuários, como em base de dados (Portal de periódicos Capes, Jstor, EBSCO, Web of Science, Scopus, Scielo, Applied Social Sciences Index and Abstracts, Proquest, Gale, entre outras), periódicos científicos online (acesso a mais de revistas 100 mil pela USP), repositório, livros eletrônicos (acesso a mais de 200 mil títulos), Banco de dados Bibliográfico da USP, entre outros.

A Biblioteca disponibiliza ainda diversos tipos de serviços: empréstimos entre Bibliotecas (EEBs) da USP fora do Campus de São Carlos, Unesp e Unicamp; treinamentos, aulas e orientação de ferramentas científicas e outras, ficha catalográfica para publicações do IAU, solicitação de ISBN, normalização de trabalhos acadêmicos, entre outros.

11.5. Novo Bloco Didático

Em 2019 foi aprovada pelo Conselho da SEF a construção de um novo bloco didático destinado a abrigar de forma adequada as salas de aula de projeto e de aulas expositivas e o espaço para implantação definitiva da Biblioteca, com uma área de aproximadamente 1650 m². O novo “Bloco Didático do IAU” que deverá ser construído junto a atual área do Instituto, articulando os atuais espaços existentes e potencializando suas atividades. A previsão é que esse projeto esteja pronto em meados de dezembro e as obras se iniciem em maio de 2020.

11.5.1. Novos ateliers e salas de aula

O projeto prevê a criação de cinco salas de Atelier de 140 m², totalizando 700 m², para o desenvolvimento de aulas práticas e teóricas com um numero estimado de 45 alunos a 50 por sala. Estas salas, além de prever sistemas de projeção, lousa e guarda volumes, podem ser divididas com sistema retrátil, possibilitando o uso concomitante. Também estão previstas duas outras salas de aula, de 75 m² cada, com divisão em sistema retrátil, viabilizando sua utilização como um anfiteatro.

11.5.2. Nova instalação da Biblioteca

Está prevista a construção e implantação de Biblioteca adequada às suas necessidades, que contará com 500 m², com o seguinte programa: Recepção; Guarda volumes; Atendimento ao público; Setor de Referencias; Consulta/Leitura; Acervo para 20.000 títulos de livro e 20.000 títulos de periódicos (hemeroteca); Estantes; Arquivos deslizantes; Mapotecas; Arquivos pasta suspensa; Sala de Reuniões (12 lugares); Sala da Direção; Processamento técnico; Triagem, limpeza e higienização, dos livros; Classificação; Catalogação; Salas de pesquisa para pequenos grupos; Espaços de convívio. A Biblioteca terá capacidade para receber a totalidade do acervo do Instituto, hoje distribuído entre a Biblioteca da EESC e a do IAU.

11.5.3. Auditório

Está prevista a construção de um auditório de 100 m² com capacidade para 100 pessoas.

11.5.4. Espaço expositivo

Está prevista a construção de espaço expositivode 50 m², destinado a mostras e eventos.

11.5.5. Áreas comuns

O novo bloco foi concebido de forma a prever espaços de reunião e encontro, essenciais para a sociabilização e o bom desenvolvimento da vida acadêmica, com uma área total de 260 m².

12. Programa de Dupla Formação Civil/EESC-IAU

A proposta de dupla formação oferecida aos alunos e alunas do curso de Engenharia Civil da EESC/USP para fins de obtenção de certificado no Programa de Dupla Formação do Curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU, bem como oferecida aos alunos e alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU/USP para fins de obtenção de certificado no Programa de Dupla Formação do Curso de Engenharia Civil da EESC/USP, tem como objetivos:

1) Possibilitar o aprofundamento nos conteúdos de algumas áreas de conhecimento, quais sejam:

   a) Aluno IAU na EESC:

  • Infraestrutura urbana e transportes;
  • Saneamento Ambiental;
  • Estruturas
  • Geologia e Solos

   b) Aluno EESC no IAU:

  • Projeto urbano e paisagismo;
  • Projeto arquitetônico de edificações;
  • Conforto Ambiental;
  • Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo no Brasil e Contemporânea.

2) Promover formação ampliada de engenheiros civis, arquitetos e urbanistas.

3) Promover dupla formação (e não dupla titulação) para alunos e alunas de ambos os cursos sem que ocorra a quebra de quaisquer requisitos de disciplinas dos respectivos cursos de origem.

4) Serão oferecidas 5 vagas na Civil/EESC para alunos e alunas do IAU, bem como 5 vagas no IAU para alunos e alunas da Civil/EESC, cuja permanência no curso de destino deverá ter duração mínima de 4 semestres e máxima de 6 semestres, ressaltando que em qualquer momento o aluno pode desistir do Programa de Dupla Formação e voltar para seu curso de origem, respeitando-se o tempo inicial do mesmo.

5) Os alunos e alunas do IAU/USP, para participar do Programa de Dupla Formação poderão inscrever-se ao final do 6º semestre, desde tenham integralizado ao menos 90% dos créditos obrigatórios exigidos até o 6º semestre do curso e apresentarem uma média suja igual ou superior a nota 7,00 (sete).

6) Os alunos e alunas do curso da Civil/EESC, para participar do Programa de Dupla Formação poderão inscrever-se ao final dos 4º, 6º ou 8º semestres, desde que tenham integralizado ao menos 90% dos créditos obrigatórios exigidos até o semestre cursado e apresentem uma média ponderada, que considera todas as disciplinas cursadas com ou sem reprovação (chamada de “média suja”), igual ou superior a nota 7,00 (sete). Serão priorizados os alunos dos 8º, 6º e 4º semestres, nesta ordem.

7) Enquanto organização curricular voltada ao aluno IAU na Civil/EESC, durante os 4 semestres previstos para o Programa de Dupla Formação, serão consideradas disciplinas do curso de Engenharia Civil voltadas ao ciclo básico, de caráter teórico e voltadas à aplicação prática de projeto. A carga didática total será de 101 créditos-aula mínimos, sendo 89 créditos-aula em disciplinas obrigatórias (25 disciplinas) e 12 créditos-aula em disciplinas optativas livres, que podem ser disciplinas optativas e ou disciplinas obrigatórias do curso de Engenharia Civil da EESC/USP que não constam no elenco do Programa de Dupla Formação.

8) Enquanto organização curricular voltada ao aluno da Civil/EESC no IAU/USP, durante os 4 semestres previstos para o Programa de Dupla Formação, serão consideradas disciplinas de Projeto e de Teoria e História (TH), em um total de 103 créditos-aula mínimos, sendo 76 créditos-aula em disciplinas obrigatórias (18 disciplinas), 18 créditos-aula em disciplinas optativas eletivas e 9 créditos-aula em disciplinas optativas livres, que podem ser disciplinas optativas e ou disciplinas obrigatórias do curso do IAU que não constam no elenco do Programa de Dupla Formação. Em relação às disciplinas optativas eletivas, o aluno deverá escolher para cursar, obrigatoriamente: no 3º semestre, a disciplina “IAU0733 Projeto III-A” ou “IAU0735 Projeto IV-A”; no 4º semestre, a disciplina “IAU0734 Projeto III-B” ou “IAU0736 Projeto IV-B”, e uma das disciplinas intituladas “Viagens Técnicas de Arquitetura”, que tenha no mínimo 3 créditos-aula e 1 crédito-trabalho.

13. Duplo Diploma entre o IAU e o Politécnico de Milano

O Politécnico de Milão é a maior escola de arquitetura, design e engenharia da Itália com dois campi universitários principais na cidade e outras cinco instalações na região da Lombardia, norte da Itália. Muitos importantes arquitetos estudaram e lecionaram no Politécnico, entre eles podemos citar Achille Castiglioni, Gio Ponti, Franco Albini, Ernesto Nathan Rogers; Aldo Rossi e Renzo Piano, os dois últimos arquitetos agraciados com o Premio Pritzker no ano de 1990 e 1998.

As motivações para esse projeto são, portanto, de duas ordens: por um lado, nos motiva essa tradição e respeito que a Faculdade de Arquitetura conquistou e carrega na formação de um quadro de excelência na área gozando de grande prestígio internacional. O Ranking QS aponta o Politécnico de Milão nas seguintes posições: 1st university in Italy; 7th technical university in Europe; 14st Architecture in the world; 24th technical university in the world. Os vínculos entre o Instituto de Arquitetura e a Faculdade de Arquitetura do Politécnico de Milão desenvolvem-se de longa data. A partir de 2004, teve início o processo para o estabelecimento do Convênio Acadêmico Internacional, que foi celebrado pela primeira vez em 2006 entre o Politécnico de Milão e a Universidade de São Paulo, com a interveniência, na época, da Escola de Engenharia de São Carlos através do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, visando à cooperação acadêmica para fins de intercâmbio de docentes e estudantes de graduação e pós-graduação. Por parte do Politécnico, o interveniente foi o Dipartimento di Progettazione dell’architettura, da Facoltà di Architettura Civile e o Dottorato di Ricerca in Composizione Architettonica. Desde aquele ano, a coordenação desse convênio é exercida pelo prof. Assoc. Joubert Lancha – IAUUSP – e por parte da instituição conveniada o responsável é o Prof. Daniele Vitale. No âmbito desse convênio, além da promoção de intercâmbio de docentes já realizados em nível de Doutorado e Pós-doutorado e da organização e participações em Seminários e Disciplinas da Graduação e da Pós-graduação, tivemos participação de alunos dos dois Programas de Doutorado. Esse convênio foi revalidado e tem sua nova vigência formalizada de setembro 2011 a outubro 2016. Conhecer diretamente seus problemas e as alternativas de soluções arquitetônicas e urbanísticas discutidas no âmbito de outra escola traz para o aluno uma maturidade maior no trato com as inquietações de sua própria realidade. Especificamente, no caso do vínculo com a formação do Politécnico de Milão, onde a questão da cidade e da materialidade do edifício é um forte tema da escola, fica evidente o ganho que essa formação poderá trazer ao aluno da USP. Outro benefício está ligado ao próprio caráter do Politécnico de Milão em realizar uma síntese entre a componente humanístico-artística, fundada em uma longa e profunda tradição cultural italiana, e aquela técnico-científica, combinação de valor na formação do arquiteto/urbanista, importante para colaborar nas respostas aos problemas colocados pela contemporaneidade.